– O Superior Tribunal de Justiça (STJ) manteve a prisão preventiva de Andressa Nazario Sodré, acusada de envolvimento no assassinato brutal de Karolayne Cristina do Nascimento Neves, de 22 anos, ocorrido em abril de 2023.
O crime teria sido motivado por ciúmes, já que a vítima e a acusada mantinham relacionamento com a mesma pessoa. A decisão foi proferida por unanimidade pela Quinta Turma do STJ, no último dia 7.
De acordo com o ministério Público, Andressa e Wesley Gonçalves Mota, conhecido como “Sexta-feira”, planejaram e executaram a emboscada contra Karolayne. Ambos seriam membros da facção criminosa Comando Vermelho (CV-MT). No dia do crime, Karolayne voltava do trabalho a pé, quando foi surpreendida pela dupla, que a levou para uma área isolada, onde foi torturada e morta.
O corpo da jovem foi encontrado em uma cova de aproximadamente três metros, na Serra de conquista D’Oeste, a 534 km de cuiabá. A vítima estava amordaçada, com pés e mãos amarrados, e apresentava sinais evidentes de tortura. A cabeça foi decapitada.
A defesa de Andressa tentou reverter a prisão preventiva com um pedido de habeas corpus, alegando que a acusada estaria sofrendo constrangimento ilegal por excesso de provas e ausência de justificativas para sua detenção. Além disso, os advogados afirmaram que Andressa já está presa há mais de um ano, sem que houvesse uma definição sobre sua culpa no crime, o que configuraria excesso de prazo.
O relator do caso, ministro Messod Azulay Neto, solicitou informações adicionais ao Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT) e ao juiz de primeira instância. Após análise, a Quinta Turma do STJ concluiu que não seria possível substituir a prisão preventiva por medidas cautelares, uma vez que essa questão não havia sido discutida no tribunal de origem. Com isso, o pedido de Andressa foi negado, e sua prisão mantida.
Fonte: odocumento
