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Lei do combustível do futuro impulsiona economia de Mato Grosso

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A lei conhecida como Combustível do Futuro, sancionada nesta semana pelo presidente Lula (PT), em Brasília (DF), deve impactar  diretamente a economia em Mato Grosso. Isso porque, a norma cria programas nacionais de diesel verde, de combustível sustentável para aviação e de biometano, além de aumentar a mistura de etanol e de biodiesel à gasolina e ao diesel. Mato Grosso é o segundo maior produtor de etanol de milho, uma das misturas para produção de combustível. Estimativas ainda apontam para maior crescimento da produção do cereal até a safra de 2033/2034, o que significa maior “injeção” na economia do estado. 

Conforme dados divulgados pela Indústria de Bioenergia de Mato Grosso (Bioind-MT) e o Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea), na última safra, o Estado produziu sozinho, 5,72 bilhões de litros de etanol de milho, batendo um recorde e registrando aumento de 32% em relação à safra anterior, quando Mato Grosso produziu 4,34 bilhões de litros. O etanol de milho é um biocombustível produzido a partir da moagem, fermentação e destilação do milho. É considerado uma fonte de energia com menor impacto ambiental. 

Nesta semana, também foi divulgado pelo Imea, as projeções para agronegócio de Mato Grosso para os próximos dez anos. O milho, entre as principais culturas plantadas em Mato Grosso (milho, soja, algodão), é a que deve ter maior crescimento, com produção estimada de 80,38 milhões de toneladas para a safra 2033/34.

Segundo o superintendente do Imea, Cleiton Gauer, a lei do Combustível do Futuro deve ser benéfica também para a cultura da soja, que tem projeção de produção calculada em 64,52 milhões de toneladas para 2034, segundo o estudo divulgado. 

“A lei do combustível do futuro que foi assinada é um ponto relevantíssimo, não só para a cultura do milho, mas também para a cultura da soja, com a questão das misturas obrigatórias e facilitação dos investimentos. Isso tende a continuar a dar esse impulso do consumo mato-grossense, tanto por óleo quanto por etanol de milho aqui no estado. Óleo para produção de biodiesel que é o nosso maior mercado, a maior matéria-prima para produção de biodiesel no Brasil”, disse Cleiton Gauer. 

Com relação o aumento a produção de milho em Mato Grosso, Cleiton Gauer atribui o motivo a ampliação do consumo do milho e seus derivados no estado e no país. 

“O principal motivo é a ampliação das movimentações das usinas de etanol de milho, a movimentação do mercado interno brasileiro que já é um mercado relevante e, agora, com esse setor ampliando o consumo aqui dentro do estado de Mato Grosso e outras regiões, tende a dar continuidade no impacto e movimento da cultura do milho em Mato Grosso”, afirmou.  

O texto estabelece que a margem de mistura de etanol à gasolina passará a ser de 22% a 27%, podendo chegar a 35%. Atualmente, a mistura pode chegar a 27,5%, sendo, no mínimo, 18% de etanol. Quanto ao biodiesel, misturado ao diesel de origem fóssil no percentual de 14% desde março deste ano, a partir de 2025 será acrescentado um ponto percentual de mistura anualmente até atingir 20% em março de 2030.

Também institui programas para incentivar a pesquisa, a produção, a comercialização e o uso de biocombustíveis, visando promover a descarbonização da matriz de transportes e de mobilidade. Entre os programas estão Programa Nacional de Combustível Sustentável de Aviação (ProBioQAV), Programa Nacional de Diesel Verde (PNDV), Programa Nacional de Descarbonização do Produtor e Importador de Gás Natural e de Incentivo ao Biometano

Fonte: hnt

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