O deputado federal Guilherme Boulos (Psol-SP) foi o candidato à Prefeitura de mais bem votado nos presídios. O primeiro turno da ocorreu no último domingo, 6.
O psolista conquistou 48% dos votos nas seções eleitorais situadas em presídios e unidades da Fundação Casa. Esses locais abrigam indivíduos que cometeram delitos na adolescência. O Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo (TRE-SP) divulgou esse levantamento.
O Presídio Romão Gomes, na zona norte paulistana, foi a única exceção à votação expressiva de Boulos. Nesse local, onde policiais condenados cumprem pena, tanto Boulos quanto Tabata Amaral (PSB) obtiveram apenas dois votos cada um. Em contraste, Ricardo Nunes (MDB) recebeu 25 votos. O candidato tucano, José Luiz Datena, não conseguiu nenhum voto.
Os detentos do Centro de Detenção Provisória 4 de Pinheiros, localizado na zona oeste, votaram em Boulos de forma unânime. Nenhum outro candidato recebeu votos dos encarcerados na unidade.
Na contagem geral dos votos nos presídios, Pablo Marçal (PRTB) ficou em segundo lugar, obtendo 23% dos votos. Tabata Amaral (PSB) ocupou a terceira posição, com 15%. O atual prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), ficou em quarto lugar, com 11%. Outros candidatos juntos não alcançaram 1% dos votos.
A estabeleceu 51 seções eleitorais em instituições prisionais e unidades de internação no Estado de São Paulo. No total, 2,7 mil presos e menores infratores estavam aptos a votar. Entretanto, nem todos decidiram registrar suas preferências nas urnas.
Conforme a legislação, apenas os presos “provisórios”, que não possuem condenações criminais transitadas em julgado, têm direito ao voto. Desde 2010, o TRE-SP implementa essa medida, com o objetivo de garantir o direito e promover a cidadania entre os detentos. Uma resolução do tribunal determina que a instalação de uma seção eleitoral exige a presença de, no mínimo, vinte eleitores.
Fonte: revistaoeste