O vice-governador de São Paulo, Felício Ramuth (PSD), considera que Tarcísio de Freitas (Republicanos), atual governador do Estado, se fortaleceu com o resultado das eleições municipais realizada neste domingo, 6. Nem por isso, no entanto, ele vincula este êxito a uma candidatura de Tarcísio à Presidência da República.
Para ele, a atual administração estadual tem atuado em sintonia. Tanto Republicanos quanto o PSD tiveram flexibilidade para formar uma aliança com o MDB e dar apoio a Ricardo Nunes para a reeleição na capital paulista.
“O Tarcísio se fortalece com a eleição da prefeitura da cidade de São Paulo, que vai sem dúvida nenhuma acontecer com a vitória do Ricardo Nunes no segundo turno”, disse Ramuth a .
Ramuth não descarta a participação do ex-presidente Jair Bolsonaro nas próximas eleições presidenciais, já que ainda há a possibilidade dele reverter a inelegibilidade definida em janeiro de 2023.
“O resultado apenas fortalece o nome do Tarcísio [para a Presidência], existe ainda o próprio presidente Bolsonaro, que é o candidato natural, e outras possibilidades da centro-direita”, destaca o vice-governador, que, no entanto, não vê isso como uma obsessão de Tarcísio.
“O governador não perde um minuto com essa preocupação, o foco dele é em oferecer melhores serviços para a população do Estado de São Paulo.”
Em relação à predominância de seu partido por todo o Brasil, Ramuth atribui o êxito a outro nome com o qual é vinculado: o presidente do PSD, Gilberto Kassab. O PSD foi o que mais elegeu prefeitos no primeiro turno, 877.
“A organização interna do partido se desenvolveu muito”, ressalta o vice-governador. “Isso por causa do estilo do presidente Gilberto Kassab, que dá autonomia aos diretórios estaduais para buscarem talentos e a partir daí investirem nessas candidaturas.”
Ramuth afirma que o partido trabalhou para se tornar uma força política nesta história recente. Fundado em 2011, o PSD, afinal, é um dos novos partidos que surgiram nos últimos 15 anos. Desde sua fundação, Kassab é o presidente da sigla.
“Não foi um crescimento em curto prazo, foi bastante consolidado, estruturado, mas por exemplo no Estado de São Paulo temos que ver também que com o declínio do PSDB, o PSD soube aproveitar a oportunidade de atrair os bons quadros que o PSDB tinha para os quadros do PSD.”
Ele admite que o espectro do partido é amplo. Para ele, no entanto, isso é uma qualidade.
O fato de, por exemplo, a sigla ter se vinculado ao presidente Lula (PT) para eleger Eduardo Paes no Rio não tira a legitimidade de seu viés à direita, predominante em outros Estados, entre eles São Paulo.
“Justamente essa pluralidade, por incrível que pareça, fortalece o principal ativo do PSD, que é praticar a boa política, diálogo sem extremos, o centro sai vencedor, na minha opinião, dessas eleições.”
Em relação à gestão do governador, Ramuth afirmou que o foco é em resultados.
“Encerrado esse momento das trocas das lideranças do Executivo, o Estado de São Paulo vai estar ao lado de cada um dos prefeitos e das prefeitas, de forma republicana.”
Em relação ao PSD, o objetivo é seguir crescendo, e o próximo passo é assumir a presidência da .
“O foco agora é na presidência da Câmara Federal com o nosso deputado Antônio Brito”, ressalta, sobre as eleições que ocorrerão em 2025. “Ele é uma excelente opção para estar à frente da Câmara em Brasília e temos investido nisso.”
“E, em relação ao Congresso, claro, fazendo a presidência, nós vamos ter oportunidade de consolidar ainda mais com bons candidatos para a próxima eleição daqui a dois anos, focando o fortalecimento também não só na Câmara Federal, mas nas Assembleias Legislativas.”
Fonte: revistaoeste