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Jornalistas pró-democracia condenados por conspiração em Hong Kong: entenda o caso

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Um juiz de Hong Kong condenou dois jornalistas do extinto Stand News a 21 meses de prisão por conspiração. O site ganhou fama internacional em 2019, por cobrir pró-democracia no território controlado pela China.

Ex-editores do portal, Chung Pui-kuen e Patrick Lam já haviam sido condenados em agosto, sendo a primeira decisão do tipo contra jornalistas desde que a ex-colônia britânica voltou ao controle de Pequim, em 1997.

A sentença de hoje determinou a duração da detenção. Lam, que sofre de uma doença renal rara que exige diálise, recebeu uma sentença equivalente ao tempo que já cumpriu preventivamente. Por isso, a Justiça o libertou.

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Já Chung, sentenciado a 21 meses, cumprirá cerca de dez. A redução ocorre pelo mesmo motivo de seu colega, ou seja, ele já estava em custódia preventiva anteriormente.

Reações no tribunal de Hong Kong

Foto meramente ilustrativa com o'martelo' usado por juízes
No Tribunal, Chung, Que Ficará Preso, Sorriu E Acenou Para Colegas | Foto: Reprodução/Freepik

Chung, que ficará preso, sorriu e acenou para colegas, enquanto era levado do tribunal. Diplomatas ocidentais, incluindo representantes dos EUA, União Europeia, França, Reino Unido, Canadá e Irlanda, assistiram à sentença.

Depois de sua condenação em agosto, Chung escreveu ao juiz e expressou sua crença no apoio contínuo à liberdade de expressão em Hong Kong. “Alguns se importam com a liberdade e a dignidade de todos na comunidade e estão dispostos a pagar o preço de perder sua própria liberdade”, escreveu. “É responsabilidade inabalável dos jornalistas relatar suas histórias e pensamentos com sinceridade.”

O portal pró-democracia Stand News

Logo do portal Stand News
Logo Do Portal Stand News | Foto: Reprodução/Wikimedia Commons

Fundado em 2014, o Stand News foi um dos principais portais de notícias de Hong Kong. Ele, que combinou reportagens e comentários, fechou em 2021, depois de a polí invadir sua redação e prender os editores.

A Justiça acusou o Stand News e a empresa Best Pencil HK de conspiração pela publicação de 17 artigos, entre julho de 2020 e dezembro de 2021. Em agosto, o juiz Kwok Wai-kin disse que “a linha adotada [pelo veículo] era a de apoiar e promover a autonomia local em Hong Kong”.

Segundo ele, a empresa “tornou-se, inclusive, uma ferramenta de difamação das autoridades centrais e do governo da região administrativa especial”.

Fonte: revistaoeste

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