O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Alexandre de Moraes, determinou que o diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal (PRF), Silvinei Vasques, preste imediatamente informações sobre as razões para a realização de operações policiais que tiveram imagens divulgadas em redes sociais.
No despacho, Moraes apontou uma publicação no Twitter que mostra uma viatura e agentes da PRF parados às margens de uma rodovia e abordando motoristas. No vídeo, o homem que faz a filmagem diz se tratar de uma rodovia na Paraíba.
Na noite de ontem (29), Moraes proibiu a PRF de conduzir, neste domingo (30) de segundo turno, operações que pudessem afetar o transporte público de eleitores, fosse pago ou gratuito, sob pena de responsabilização criminal do diretor-geral da corporação em caso de descumprimento.
O presidente do TSE atendeu a pedido do deputado Paulo Teixeira (PT-SP), que apresentou notícias de suposto uso político da PRF em favor do presidente Jair Bolsonaro, candidato à reeleição.
A Agência Brasil entrou em contato com a PRF, mas até o momento o órgão não se manifestou sobre a determinação de Moraes.
Por meio de nota, a PRF informou: “No que se refere à notificação enviada pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), a PRF respondeu no prazo determinado, encaminhando ofício aos Superintendentes, determinando ‘o fiel cumprimento da referida decisão'”. A corporação destacou ser sempre parceira do TSE e dos tribunais regionais eleitorais e que atua “na garantia da segurança do direito ao voto”.
No comunicado, a PRF disse ainda ter escoltado 794 urnas durante o segundo turno e ter apreendido R$ 4,5 milhões em 12 ocorrências.
Matéria atualizada em 31/12 para acréscimo de nota da PRF.
Edição: Fernando Fraga
Fonte: agenciabrasil