O empresário Elon Musk voltou, nesta terça-feira, 3, a chamar o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes de “tirano”, relata o Poder360.
A declaração foi feita em resposta a uma publicação que informava que 146 deputados assinaram um pedido de impeachment contra Moraes.
“Esse tirano maligno é uma vergonha para as vestes dos juízes”, escreveu Musk no Twitter/X. A plataforma está fora do ar no Brasil por decisão de Moraes. Brasileiros no exterior ainda têm acesso à rede social, o que permite a leitura das mensagens publicadas por Musk.
O movimento pelo impeachment de Moraes ganhou força no Congresso depois de o jornal Folha de S.Paulo divulgar mensagens que sugerem o uso do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) por Moraes para apoiar inquéritos contra apoiadores de Bolsonaro.
O conflito entre Musk e Moraes intensificou-se em agosto, resultando no bloqueio das contas da Starlink e na suspensão do Twitter/X no Brasil, conforme decisão de Moraes.
Conforme apuração do Poder360, o pedido de impeachment deve ser protocolado no Senado em 9 de setembro. Até lá, a oposição busca apoio de congressistas, de juristas e da população para fortalecer o documento. Senadores e deputados também consideram a criação de uma CPI para investigar o caso.
“A iniciativa vai precisar do apoio maciço da população brasileira em defesa da democracia. Será, talvez, o maior pedido de impeachment que já tivemos na história do Brasil no ano do bicentenário do Senado”, afirmou o senador Eduardo Girão (Novo-CE).
O Poder360 entrou em contato com a assessoria de Girão para confirmar as assinaturas no pedido de impeachment. Mensagens foram enviadas por WhatsApp nesta terça-feira, 3, mas não houve retorno até a publicação desta reportagem.
Criada em 16 de agosto, uma petição virtual também pede o impeachment de Moraes. Até as 9h desta terça-feira, 3, a petição tinha 1.321.259 assinaturas.
A petição foi iniciada por um perfil chamado “Petição Pública”. Está disponível na plataforma . Qualquer pessoa pode assinar, inserindo nome, sobrenome e e-mail, sem verificação de dados, o que permite múltiplas assinaturas com diferentes e-mails.
O conflito cresceu desde 17 de agosto, quando o Twitter/X anunciou o fechamento de seu escritório no Brasil, mas manteve a plataforma acessível aos brasileiros. Atribuiu tal decisão a medidas de Moraes.
O documento integra um processo sigiloso e menciona que Moraes ordenou o bloqueio de perfis com mensagens “antidemocráticas” ou de ódio contra autoridades, sem esclarecer quais infrações foram cometidas.
A empresa de Musk não cumpriu as ordens, o que levou Moraes a aumentar a multa e dar 24 horas para o bloqueio da rede, sob pena de prisão por desobediência. O ministro do STF também ordenou a prisão de Rachel de Oliveira Villa Nova Conceição, representante do Twitter/X no Brasil.
Em 28 de agosto, Moraes determinou à empresa que nomeasse um representante legal no Brasil em até 24 horas, sob pena de suspensão total da plataforma no país. O prazo se encerrou em 29 de agosto. No dia 30 de agosto, Moraes ordenou a suspensão do Twitter/X no Brasil.
Fonte: revistaoeste
