Via @portalg1 | O Ministério Público do Distrito Federal deflagrou, na manhã desta terça-feira (27), uma operação que investiga uma suposta organização criminosa formada por um advogado e uma estagiária. Segundo as investigações, eles fazem parte de uma facção criminosa do DF.
Os investigadores apontam que Marcos Gerson do Nascimento e Lyslielle Ruane Martins Gomes da operação tentavam intimidar um delator, que entregou vários crimes dessa facção, com o objetivo de sabotar um processo que já corria na Justiça. Segundo o MP, os suspeitos queriam que o delator mentisse, dizendo que tinha sido pressionado por um promotor a incriminar falsamente os integrantes da facção.
Para intimidar o delator, o advogado burlou o sistema de agendamentos da Secretaria de Estado de Administração Penitenciária do DF (Seape), segundo o MP. Além disso, ainda de acordo com as investigações, o advogado e a estagiária eram mensageiros dos integrantes da facção que estavam presos na Papuda e os que estavam soltos.
O Ministério Público afirma também que o advogado já era investigado por tentar coagir uma testemunha de um homicídio. O g1 não localizou a defesa dos suspeitos até a última atualização desta reportagem.
Os agentes cumprem quatro mandados de busca e apreensão. Também são cumpridas medidas cautelares. Os investigados estão proibidos de exercer funções relacionadas ao Direito, entrar em qualquer prisão do DF e entrar em contato com integrantes da facção.
A operação batizada de “Mensageiro 343” é coordenada pelo Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público do DF.
Operação Fragmento
Outra ação foi deflagrada nesta terça-feira, dessa vez pela Força Integrada de Combate ao Crime Organizado do Distrito Federal (FICCO). O objetivo é investigar outro advogado suspeito de facilitar a comunicação entre integrantes, presos e em liberdade, de uma facção criminosa.
Os agentes cumpriram um mandado de prisão e outro de busca e apreensão contra o alvo da operação. Foram apreendidos diversos manuscritos direcionados aos integrantes da facção, uma arma de fogo e munições.
As investigações começaram após a Secretaria de Estado de Administração Penitenciária do DF (Seape) confiscar pedaços de bilhetes que dariam indícios da atuação do advogado. A identidade do suspeito não foi informada até a última atualização desta reportagem.
A FICCO/DF é composta pela Polícia Federal, Polícia Rodoviária Federal, Secretaria Nacional de Políticas Penais, Polícia Penal do DF, Polícia Civil do DF e Polícia Militar do DF.
Por Rita Yoshimine, TV Globo
Fonte: @portalg1