Cuiabá calorosamente recebeu dos dias 06 a 08 de agosto mais de 100 equipes de 14 estados para o Festival de Robótica Educacional. Um megaevento organizado pelo Sesi (Serviço Social da Indústria) e senai (Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial) com o apoio do Governo do Estado, por meio da Seduc (Secretaria de Estado de Educação) reúne crianças e jovens para celebrar e competir na capital de Mato Grosso.
O espaço de 6 mil m² no Sesi Papa esteve aberto a todos os públicos e ofereceu atividades no período de 08 às 18h para crianças e adolescentes de todas as idades. Com jogos, fotografias interativas, muito calor humano e conhecimento, o evento marcou o final da temporada 23/24, e embora não fosse ranqueada, se tornou uma oportunidade para os competidores mostrarem todas as habilidades adquiridas durante o período.
De acordo com Alexandre Serafim, superintendente do Sesi-MT, o festival tem diversos potenciais para ser um marco na educação tecnológica de todo o estado.
“Primeiramente, ele proporciona um ambiente onde estudantes, educadores e profissionais podem interagir, compartilhar conhecimentos e desenvolver habilidades práticas em robótica e tecnologia. Além disso, eventos como esse incentivam a criatividade, o pensamento crítico e a resolução de problemas, competências essenciais para o futuro”, afirma.
Além dos estudantes de Mato Grosso, a disputa reuniu apaixonados por robôs dos estados do Acre, Goiás, Minas Gerais, Pará, Paraná, Paraíba, Rondônia, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, São Paulo e Sergipe.
Competir e aprimorar
No primeiro dia de evento que aconteceu nessa terça-feira (6), o destaque foram as 52 equipes de estudantes da Rede Estadual de Ensino, representando as 13 Diretorias Regionais de Educação que ousaram simular Sumô de Robôs. Um misto de estratégia e muita beleza, encantou os amantes desse esporte japonês, de um jeito diferente do habitual.
Já na quarta-feira (7) e nesta quinta-feira (8) ocorre o Festival Sesi de Robótica etapa OFF Season – Mato Grosso. Nela há a competição de 3 modalidades diferentes, a FFL (FIRST LEGO League Challenge), a FTC (FIRST Tech Challenge) e a FRC (FIRST Robotics Competition).
Estela Terzi, de 16 anos, é mineira de São João Del Rei, a 1600 km de Cuiabá e compete na modalidade FIRST Robotics Competition. A jovem que faz parte da equipe Atomic #9110 estranhou o calor cuiabano, mas se sente em casa quando o assunto é tecnologia e robótica.
“Nós estávamos muito felizes de vir para Cuiabá e poder testar mecanismos, projetos e fórmulas de apresentação. Nosso robô está pronto e bonitinho para esse evento. Ganhar todo mundo quer, mas a expectativa em relação a tudo, é muito boa e muito alta” conta a jovem.
Já para Jean da equipe Jus Ft Setting, de Goiânia que compete na modalidade FIRST Tech Challenge (FTC) a competição em meio ao festival serve para treinar as habilidades para a próxima temporada.
“Assim a gente consegue sentir o torneio, a sua energia, alegria. A robótica mudou a minha vida de uma forma inexplicável. Tanto a minha fala quanto as minhas responsabilidades estão mais desenvolvidas graças a esse mundo” afirma.
Olimpíadas da robótica
Conhecida como olimpíada da robótica, a FRC reúne jovens de ensino médio de 15 a 18 anos, que são desafiados a projetar, construir e programar robôs de tamanho industrial com até 55 kg e 1,5 metro de altura.
Integrante da Canintech, do Senai Sinop, Rafaella Rodrigues, explica que a equipe começou a se preparar para o evento desde maio deste ano, logo após retornar do Mundial nos Estados Unidos. “A gente já veio pensando em um novo projeto de robô, tanto que esse é o terceiro robô que nós montamos no ano, o nome dele é Coqueirinho 3.0. Nesse robô, vamos testar tudo que aprendemos no Mundial”, afirmou.
Rafaella destaca que a experiência no Mundial trouxe novas estratégias e uma visão renovada da competição, ajudando a equipe a evoluir de uma equipe iniciante para veterana. “Acreditamos que essa off season vai servir como um laboratório para nós, onde poderemos testar antes do Regional tudo que aprendemos no Mundial e chegar muito preparados,” concluiu.
É pensando nessas potencialidades, que o superintendente regional do Sesi MT, Alexandre Serafim, afirma que o evento promove um ambiente de colaboração e inovação, incentivando os jovens a explorarem todo o seu potencial criativo e técnico.
“Participar de um evento desse porte pode abrir portas para oportunidades acadêmicas e profissionais. A experiência adquirida em competições de robótica pode ser um diferencial importante no mercado de trabalho, onde habilidades tecnológicas são cada vez mais valorizadas. O evento também fomenta o networking e a colaboração entre jovens de diferentes regiões, ampliando horizontes e criando um ambiente propício para o surgimento de novas ideias e projetos inovadores” finaliza o gestor.
A realeza da F1 Brasileira
A equipe Tucaré de Cuiabá, Campeões Internacionais de F1 nas Escolas em Abu Dhabi 2023 está presente no evento. Giovanna, Manoela, Luíza Maria, Emanoele e Arthur esbanjaram simpatia ao falar com exclusividade sobre o evento e a presença da equipe campeã.
Conforme Arthur, ser a única escuderia de F1 Schools em Mato Grosso é uma responsabilidade grande, e o evento serve para se preparar mentalmente para a próxima temporada.
“Aqui o fechamento desta temporada nós não estamos competindo, estamos apenas expondo, mesmo assim a expectativa é muito grande para a próxima temporada, muito trabalho envolvido, muita energia e muita expectativa para darmos o nosso melhor na próxima season” conta.
Giovanna complementa, afirmando que o evento é de suma importância para mostrar ao Brasil e ao mundo o poder da robótica nas mais diferentes modalidades.
O grupo, não carrega o status de realeza do F1 à toa, quando o assunto é desenvolvimento todos querem seguir carreira dentro da tecnologia.
“A Tucaré é uma empresa e como tal desenvolve atividades, busca patrocinadores tem seu projeto social e estimula jovens de todas as idades a buscar mais e mais conhecimento”, finaliza Arthur.
Fonte: primeirapagina
