CENÁRIO POLÍTICO

Pacheco e governadores do Nordeste se encontram para debater PL das dĂ­vidas estaduais

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O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), se reunirĂĄ, nesta quarta-feira, 7, Ă s 9h, com governadores do Nordeste, na ResidĂȘncia Oficial da Casa, para discutir o Projeto de Lei Complementar (PLP)

Entre os presentes no encontro estarå a governadora do Rio Grande do Norte, Fåtima Bezerra (PT). Ela deve fazer eventuais sugestÔes ao texto para garantir que os Estados nordestinos, que não possuem débitos pendentes, não sejam prejudicados com a matéria, de autoria de Pacheco.

AlĂ©m de Bezerra, a Fazenda possui divergĂȘncias com o texto e tenta chegar a um meio-termo na negociação com o Congresso. O senador Davi Alcolumbre (UniĂŁo Brasil-AP) foi designado relator do projeto antes do recesso parlamentar e tambĂ©m dialoga com governadores antes de divulgar o parecer.

Na terça-feira 6, Pacheco disse ter a expectativa de votar o PL da dívida dos Estados entre a terça-feira 13 e a quarta-feira 14.

O texto apresentado por Pacheco prevĂȘ:

  1. Congelamento do valor principal da dĂ­vida atual (sem descontos);
  2. Uso dos 4% de juros atuais abatidos por diferentes mecanismos, como a federalização de bens e créditos estaduais e a conversão em investimentos nos Estados;
  3. Criação de um fundo com parte desses juros para atender a todos os Estados, endividados ou não;
  4. que as dívidas sejam parceladas em até 30 anos.

Dos 4% de juros além do IPCA, 1% pode ser perdoado se o Estado entregar seus ativos de 10% a 20% da dívida, e, se entregar mais de 20%, terå 2% perdoados. Jå com relação aos outros 2%, 1% pode ser revertidos para investimentos aos Estados e 1% revertido para todos os Estados, não só os endividados.

Na pråtica, caso um Estado faça a renegociação e cumpra as quatro clåusulas, vai ter a dívida corrigida pela inflação do período, sem aumento real. Conforme Pacheco, a Fazenda e os governadores concordaram com o esqueleto do texto, de que a fórmula de cobrança da dívida seja revista para reduzir as dívidas.

Atualmente, as dívidas são corrigidas pela inflação mais 4% ao ano, ou pela Selic, que estå em 10,5%. Ao todo, o governo federal acredita que as dívidas jå comem mais de R$ 700 bilhÔes. A maioria do valor condensa as dívidas de Goiås, Minas Gerais, Rio de Janeiro, São Paulo e Rio Grande do Sul.

Fonte: revistaoeste

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