Via @jornalopcao | O subtenente da Polícia Militar (PM), Nelson Messias Pires, foi preso a mando da Justiça suspeito tentar invadir a residência e o trabalho da ex-companheira para tentar matá-la, em Joviânia. A detenção do militar, que teve a prisão preventiva mantida em audiência de custódia, foi pedida pela juíza substituta Danila Claúdia Ramaldes, após policiais se recusarem a levá-lo à delegacia por ter uma patente superior à deles.
Segundo a decisão da juíza, Nelson tentou entrar à força no Fórum da Comarca de Joviânia, no sul do estado, armado e fazendo ameaças na terça-feira, 9, depois de não conseguir encontrar a ex-companheira em casa. A mulher, que é escrivã, chegou a ser avisada pelo filho do casal que o militar iria matá-la e que ela deveria deixar o local.
Ao chegar no trabalho da ex-companheira, que possui medida protetiva contra Nelson, o militar foi barrado na entrada pelo irmão, que atua como segurança no fórum. O funcionário também foi ameaçado e ofendido.
Momentos depois do início da confusão, a PM chegou ao local, mas não realizou a prisão em flagrante do subtenente por ter uma patente considerada alta. A ação foi criticada na última sexta-feira, 12, pela juíza Danila, que caracterizou a atuação da PM como “vergonhosa”, afirmando que, em caso de flagrante delito, qualquer policial deve efetuar a prisão, independentemente da patente exercida.
A juíza determinou ainda que o Nelson fosse encaminhado para um presídio “normal”, não se beneficiando do cargo de policial militar. Contrariando a decisão da juíza, a PM mantém o servidor detido em um presídio militar.
Em nota divulgada à imprensa, a corporação afirmou que não compactua com as ações do policial e que abriu um processo na Corregedoria para apurar o caso. O Jornal Opção tentou contato com a defesa do PM para que se posicionasse, mas não conseguiu localizá-la.
Pedro Moura
Fonte: @jornalopcao