No alto de uma pequena elevação no Instituto Inhotim, em Brumadinho, fica um pavilhão circular com paredes de vidro. Quem vê de fora não imagina, mas ali dentro é possível escutar os sons feitos pela própria Terra. Isto porque a construção é uma instalação do artista estadunidense Doug Aitken e abriga um buraco com mais de 200 metros de profundidade cavado bem no centro do espaço, repleto de microfones que transmitem os ruídos do interior do solo para ecoar por toda a atmosfera.
A obra, chamada de Sonic Pavillion, será um dos cenários do Jardim Sonoro – Festival de Música Inhotim, o primeiro evento autoral de música criado pelo instituto. Depois da experiência sediando o MECA Inhotim, agora a instituição de arte lança um festival com uma proposta própria, reunindo músicos versados em instrumentos raros e artistas com inspirações multiétnicas. A ideia é proporcionar aos visitantes experiências com música e instalações de arte sonoras.
Programação reúne conceituados artistas nacionais e internacionais
O Jardim Sonoro acontece nos dias 12, 13 e 14 de julho e começa na sexta-feira com a solista de sax Zoh Amba, às 15h, no palco True Rouge, montado próximo a instalação homônima do artista brasileiro Tunga.
No sábado, dia 13, as apresentações começam às 11h com uma apresentação do duo Ballaké Sissoko & Vincent Segal. Sissoko toca a tradicional harpa Kora, de 21 cordas, e forma a dupla com o violoncelista francês. Às 13h, no palco erguido próximo à árvore centenária Tamboril, ocorre a apresentação do grupo Joshua Abrams & Natural Information Society, com um multi-instrumentista americano que toca contrabaixo e guimbri.
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Ainda no mesmo dia, Paulinho da Viola se apresenta no palco Magic Square, às 15h, seguido do angolano Kalaf Epalanga, às 16h30.
Encerrando o festival no dia 14, apresentam-se Kham Meslien, no palco True Rouge, um encontro de Sambas do Absurdo, com Juçara Marçal, Gui Amabis, Rodrigo Campos e Regis Damasceno no palco Tamboril e o grupo baiano afro-percussivo Aguidavi do Jêje, no palco Magic Square.
Convite à arte leva visitantes a instalações ao ar livre e ambientes sonoros
Durante o festival Jardim Sonoro, o visitante também poderá participar de um bate-papo com o músico e escritor angolano Kalaf Epalanga e mediações nas obras Forty Part Motet (2001), de Janet Cardiff, e na já mencionada Sonic Pavillion (2009), de Doug Aitken. Os shows ao ar livre também possibilitam a interação com a obra Invenção da cor, penetrável Magic Square #5, De Luxe (1977), de Hélio Oititica.
Para curtir o festival, os visitantes podem comprar as entradas comuns para o Inhotim, com valores de R$ 50,00 a inteira e R$ 25,00 a meia entrada. Quem quiser, pode optar por comprar um ingresso do tipo “passaporte” e garantir as entradas para todos os dias por R$ 120,00. Os bilhetes estão à venda na plataforma Sympla.
O Instituto Inhotim fica no número 20 da Rua B, nos arrabaldes de Brumadinho, cidade a 60km de Belo Horizonte. Outras informações no site oficial.
Fonte: viagemeturismo