A inflação no Brasil, medida pelo , chegou a 4,23% no acumulado dos últimos 12 meses encerrados em junho, segundo informações divulgadas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta quarta-feira, 10.
O índice se aproxima do teto da meta de inflação para este ano, que é de 3%, com intervalo de 1,5 ponto porcentual para mais ou para menos. Com isso, o IPCA poderia alcançar até 4,5% ao final de dezembro para ficar dentro do objetivo estipulado pelo governo.
A inflação dos últimos 12 meses ficou acima dos 3,93% observados no ano imediatamente anterior.
Saúde e alimentos puxam alta da inflação em junho
Em junho, o IPCA teve alta de 0,21%, .
O índice ficou 0,25 ponto porcentual abaixo da taxa de 0,46% registrada em maio. No ano, o IPCA acumula alta de 2,48%. Em junho de 2023, a variação havia sido de -0,08%.
Dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados, sete tiveram alta em junho. O maior impacto veio de alimentação e bebidas (0,44%), com 0,10 ponto porcentual de contribuição.
Segundo o IBGE, a alimentação no domicílio desacelerou de 0,66% em maio para 0,47% em junho. Apesar disso, foram observadas altas nos preços da batata inglesa (14,49%), leite longa vida (7,43%), café moído (3,03%) e arroz (2,25%). No lado das quedas, destacam-se a cenoura (-9,47%), a cebola (-7,49%) e as frutas (-2,62%).
Já a maior variação veio do grupo saúde e cuidados pessoais, com alta de 0,54% e 0,07 ponto porcentual de contribuição. O resultado foi influenciado por perfumes, que subiram 1,69%.
A alta dos planos de saúde (0,37%) decorre do reajuste de até 6,91% autorizado pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) em 4 de junho, com vigência a partir de maio de 2024 e cujo ciclo se encerra em abril de 2025. Desse modo, no IPCA de junho foram apropriadas as frações mensais relativas aos meses de maio e junho.
O grupo transportes registrou queda de 0,19%, depois de subir 0,44% em maio. Os demais grupos ficaram entre o -0,08% de comunicação e o 0,29% de despesas pessoais.
Fonte: revistaoeste