Se cruzar o Oceano Atlântico remando já seria desafiador o bastante para um remador profissional preparado para qualquer emergência, imagine então para uma pessoa que não sabe nadar. Pois é, esse é o caso do Damian Browne, que saiu de Nova York, nos Estados Unidos, e foi até Galway, na Irlanda.
A aventura durou 112 dias, totalizando quase 5 mil quilômetros de oceano percorridos. O preparo para essa jornada envolveu aulas de remo no rio Hudson, em Nova York, e muito pensamento positivo de que tudo daria certo.
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“Você precisa saber o que está fazendo, mentalmente, enquanto está lá. É ótimo estar de volta. É bom estar vivo. Fisicamente, é incrivelmente árduo. É uma tarefa implacável, o trabalho diário era enorme. Houve vários momentos de solidão e momentos de euforia – é uma montanha-russa emocional”, disse, após chegar ao seu destino final na Irlanda, segundo o site .
Uma curiosidade é que Damian, um ex-jogador irlandês de rugby, não partiu sozinho para a aventura. Junto com ele, estava Fergus Farrell, que tinha reaprendido a andar depois de sofrer uma grave lesão. O homem, no entanto, adoeceu no trajeto e precisou abandonar a jornada no 13º dia, deixando Damian por conta própria no barco de 6,2 metros.
Alimentação e descanso em alto-mar
A alimentação de Damian era baseada em “rações” desidratadas, que davam cerca de 10 mil calorias por dia. Para beber água limpa, ele tinha um pequeno instrumento de dessalinização – vale lembrar que, apesar do mar ter água de sobra, ela não é adequada para consumo.
Descansar? Ora, se ficasse descansando muito, ele jamais sairia do lugar, já que o movimento dependia da sua própria força. Por isso, o sono era de apenas algumas horas dentro da pequena cabine do barco.
Somando essas limitações e dificuldades com todos os perigos do oceano e o fato de Damian não saber nadar, pode-se dizer que foi uma viagem extremamente arriscada. Se, por algum motivo, o barco virasse, ele não teria ninguém para ajudá-lo. “Você não pode vencer o Atlântico. Mas você pode sobreviver a ele”, disse o aventureiro, que descreve o oceano como um “oponente esmagador”.
Com tudo isso, Damian mostrou um espírito destemido e ousado. Poucos fariam o que ele fez, de largar tudo e partir nessa viagem sem saber nadar. Se essa história cair nas mãos de algum roteirista de Hollywood, podemos esperar um filme cheio de emoção – e perrengues no meio do caminho.
Ficou curioso para saber mais sobre o que ele viveu nesses 112 dias? Então, siga o Lá, ele fez vários posts sobre sua aventura, incluindo o vídeo de um curioso peixe-lua em alto mar, animal que ele pediu ajuda dos internautas para identificar.
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Jornalista apaixonado por contar histórias. Paranaense radicado em São Paulo. Louco por viagens e experiências novas.