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Política

Docentes de universidades federais encerram greve e retomam atividades acadêmicas

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Professores de universidades federais começaram a abandonar, nesta quinta-feira, 20, a greve que está em vigor há dois meses. A volta ao trabalho contraria a orientação do Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (). A decisão vem depois de tentativas de aproximação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva com a categoria.

O sindicato deseja que a paralisação continue até que o governo Lula ofereça um reajuste salarial. A greve já dura mais de dois meses.

Docentes de instituições como a Universidade de Brasília (UnB), a Universidade Federal do Paraná (UFPR), a Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) e a Universidade Federal do Maranhão (UFMA) decidiram voltar às aulas.

Nas últimas semanas, o presidente da República se reuniu com reitores, ouviu suas reivindicações e prometeu agir. Em seguida, o governo anunciou um pacote de investimentos nas universidades.

O governo ofereceu, por exemplo, a revogação da portaria 983, que aumenta a carga horária dos docentes. Além disso, anunciou a criação de um grupo permanente, para discutir a reestruturação da carreira acadêmica. 

No entanto, não foi proposto nenhum reajuste salarial para 2024, o que deixou o Andes insatisfeito e inclinado a continuar a greve.

O sindicato convocou assembleias nas universidades para discutir os termos do governo. Segundo membros do Partido dos Trabalhadores (PT), Lula pediu a correligionários próximos para conversarem com os servidores.

Representados pelo Andes, os servidores pedem um aumento de 3,69% em agosto deste ano, 9% em janeiro de 2025 e 5,16% em maio de 2026. O governo oferece 9% em janeiro de 2025 e 3,5% em maio de 2026.

Em 22 de maio, o governo assinou um acordo com a Federação de Sindicatos de Professores e Professoras de Instituições Federais (Proifes), com o objetivo de encerrar a greve. 

Contudo, em 29 de maio, a Justiça Federal anulou o acordo depois de ação movida pela Associação dos Docentes da Universidade Federal de Sergipe, um braço do Andes.

O juiz Edmilson da Silva Pimenta, da 3ª Vara Federal de Sergipe, argumentou que um acordo feito pelo governo Lula com apenas uma entidade poderia prejudicar os “docentes que não são representados pelo órgão referido”. O Proifes contesta judicialmente a decisão.

Para acalmar os ânimos, o governo lançou, em 10 de junho, o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) para as universidades federais e hospitais universitários. 

O Executivo prevê R$ 5,5 bilhões em investimentos. Esses valores, no entanto, já estavam previstos no Orçamento deste ano e foram apenas adiantados.

Fonte: revistaoeste

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