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Ciência & Saúde

Fóssil revela descoberta do réptil marinho mais antigo do hemisfério sul

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O fóssil mais antigo de um réptil marinho do hemisfério sul foi descoberto por um time internacional de cientistas na Nova Zelândia. A vértebra de notossauro tem cerca de 246 milhões de anos. Na época, o ís ficava na costa sul polar do oceano gigante Pantalassa, que rodeava o supercontinente Pangeia.

A vértebra foi encontrada numa pedra no leito de um riacho ao pé do Monte Harper, na Ilha Sul da Nova Zelândia. Os notossauros eram sauropterígios (lagartos de nadadeira, do latim), parte do mais diverso e geologicamente duradouro grupo de répteis que já existiu.

Este fóssil foi encontrado em 1978, mas passou despercebido até que um time de paleontólogos da Nova Zelândia, Noruega, Sué, Austrália e Timor Leste se uniram para analisar a vértebra, em estudo que foi publicado na revista científica Current Biology.

A descoberta é do início da era dos dinossauros, que começou há cerca de 252 milhões de anos. Quando uma extinção em massa destruiu os ecossistemas marinhos da época, muitos répteis invadiram o superoceano. Sabemos disso por causa de descobertas no Ártico, no noroeste da América do Norte e no sudoeste da China.

Notossauros globalizados

Estes répteis marinhos podiam ter até sete metros de comprimento e nadavam usando quatro membros que se assemelham a remos. Mesmo que neste caso só tenha sido encontrada uma vértebra, sabemos por outros fósseis que os notossauros tinham crânios achatados e dentes finos e cônicos, que usavam para apanhar peixes e lulas.

Os notossauros, como esse que teve sua vértebra encontrada na Nova Zelândia, eram ancestrais distantes dos plesiossauros, famosos por parecer com a imagem lendária do monstro do Lago Ness. Eles viviam num ambiente costal raso e cheio de diversos animais marinhos naquilo que um dia já foi o círculo polar do sul.

A vértebra é 40 milhões de anos mais antiga que os fósseis que eram considerados os mais antigos de sauropterígios encontrados no hemisfério sul. Encontrá-la na Nova Zelândia ajudou a reimaginar como se deu a dispersão dos notossauros pelo globo. O estudo mostra que eles surgiram perto da linha do , e depois migraram para o norte e o sul ao mesmo tempo, numa verdadeira globalização dos répteis.

O início da era dos dinossauros foi um momento de aquecimento global extremo, então os répteis marinhos conseguiam prosperar mesmo no Polo Sul. Mudanças climáticas depois disso foram essenciais para que os dinossauros desenvolvessem sangue quente. Para entender, leia nossa matéria.

Fonte: abril

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