Um estudo do Fórum Brasileiro de Segurança Pública e da Esfera Brasil revela a existência de 72 facções criminosas ligadas ao narcotráfico. Os dados foram divulgados no segundo dia do Fórum Esfera, em Guarujá (SP), no dia 8.
Facções criminosas e suas atuações
O levantamento mostra que duas dessas facções operam em escala internacional, atuando como verdadeiras holdings do crime. A pesquisa detalha que, se toda a cocaína que transita pelo Brasil fosse exportada para a Europa, as organizações criminosas obteriam um lucro de aproximadamente US$ 65,7 bilhões.
Comparação de faturamento e impacto econômico
Este valor seria equivalente a cerca de 4% do PIB brasileiro de 2021, demonstrando o impacto significativo dessas atividades criminosas na economia do país. Além disso, o Brasil está entre os cinco países com maior número de carros blindados e no top três de população carcerária mundial.
Rankings internacionais e impactos
O país também figura entre os cinco primeiros do mundo em homicídios por 100 mil habitantes. A pesquisa sugere que uma colaboração entre as esferas federativas e o setor privado é essencial para melhorar esse cenário que afeta diretamente a vida dos cidadãos e a economia.
Estudos e eventos futuros
O estudo completo será apresentado em um evento na véspera do 12º Fórum Jurídico de Lisboa, que está marcado para ocorrer entre os dias 26 e 28 de junho, na capital de Portugal. Os dados preliminares incluem um mapa de ao menos 20 transações ilegais que envolvem tráfico de pessoas, drogas, cigarros, ouro, diamantes, defensivos agrícolas, armas e madeira.
Diversidade de atividades econômicas ilegais
Essas atividades ilegais evidenciam a ampla gama de setores econômicos impactados pelo crime, de acordo com o estudo. Apesar de o Brasil ter mais de 1.500 instituições de segurança pública previstas na Constituição, não há uma coordenação federativa eficaz para integrar informações e otimizar o combate ao crime organizado.
Falta de coordenação no combate ao crime
A pesquisa destaca a necessidade de uma coordenação técnica e juridicamente capaz de unificar esforços no enfrentamento às facções criminosas. Segundo os pesquisadores, essa falta de integração compromete a eficiência das ações de segurança pública no país.
Fonte: revistaoeste