A vacinação contra poliomielite ocorre este sábado (8), em todo o Brasil, e marca como o Dia D de combate à doença. Serão realizados mutirões nas cidades de grande e médio porte. A meta é imunizar, no mínimo, 95% do público-alvo – aproximadamente 13 milhões de crianças menores de 5 anos de idade. A campanha foi lançada pelo Ministério da Saúde, em 27 de maio, e vai até 14 junho.
A secretária de Vigilância em Saúde e Ambiente do Ministério da Saúde, Ethel Maciel, ressaltou que o Brasil conseguiu erradicar a doença, mas nem por isso, ela pode ser esquecida. Ele também reforçou a importância de manter a vacinação em dia.
“Graças à vacinação, a poliomelite não faz mais parte do nosso cenário epidemiológico, tendo o último caso confirmado em 1989. Embora tenhamos eliminado a doença em nosso país, ela ainda existe no mundo e por isso é muito importante que os pais levem seus filhos para tomar a vacina e garantir a saúde das crianças”, afirmou.
Dia da Imunização
No domingo, dia 9 de junho, é o Dia da Imunização. A data se refere à importância da vacinação em todas as etapas da vida, além de reforçar o benefício para a saúde coletiva.
Atualmente, o DPNI do Ministério da Saúde oferta mais de 40 tipos de imunobiológicos no Sistema Único de Saúde (SUS). No Calendário de Vacinação, estão crianças, adolescentes, adultos, idosos, gestantes e indígenas.
Em 2023, foi registrado um aumento nas coberturas vacinais de 13 dos 16 principais imunizantes do calendário infantil do SUS, em relação a 2022.
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Investimentos
O Ministério da Saúde autorizou, neste ano, um recurso adicional de R$ 150 milhões para a operacionalização da Estratégia de Vacinação nas Escolas, da campanha de vacinação e para o Monitoramento das Estratégias de Vacinação (MEV) contra a poliomielite e o sarampo no Brasil.
Aproximadamente R$ 6,5 bilhões foram investidos no ano passado para a compra de imunizantes e a previsão é que esses recursos alcancem R$ 10,9 bilhões em 2024. Também ocorrem de forma automática os repasses administrados pelo Fundo Nacional de Saúde (FNS) transferidos fundo a fundo.
Poliomielite no Brasil
Desde o final dos anos de 1980, o Brasil não registra casos da doença. O único caminho para a prevenção é a vacinação. A poliomielite é transmitida por água e alimentos contaminados ou contato com uma pessoa infectada. Muitos se infectam com o poliovírus e não ficam doentes nem apresentam sintomas. Porém, quem desenvolve a paralisia apresenta sequelas e pode até morrer.
Em 2022, 77% das crianças, com menos de um ano, receberam a dose da VIP (vacina inativada poliomielite). No ano passado, o número saltou para 84,63%, de acordo com dados da Rede Nacional de Dados em Saúde (RNDS).
Fonte: sonoticiaboa