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Política

Brasileiro é vítima do Hamas e Lula critica Israel por mortes de civis

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Um dia depois de o corpo do brasileiro Michel Nisembaum ser encontrado pelas , o presidente Luiz Inácio Lula da Silva acusou o governo daquele país de matar crianças e mulheres. O petista deu a declaração neste sábado, 25, durante a cerimônia de inauguração de obras viárias na Rodovia Presidente Dutra, em Guarulhos (SP).

Michel Nisembaum, assassinado pelo grupo terrorista Hamas, era um dos reféns que permaneciam na Palestina. Nascido em Niterói, havia se mudado para Israel aos 12 anos e residia em Sderot, cidade próxima à Faixa de Gaza, junto de sua irmã, duas filhas e seis netos.

“Também quero pedir para vocês uma solidariedade às mulheres e às crianças que estão morrendo na Palestina por conta da irresponsabilidade do governo de Israel”, afirmou Lula. “Continua matando mulheres e crianças. A gente não pode se calar diante das aberrações. A gente não pode deixar de ser solidário, porque amanhã a gente vai precisar de solidariedade.”

, foi encontrado morto em Jabalia, na Faixa de Gaza, nesta sexta-feira, 24.

Em entrevista ao portal g1, a família disse que Michel Nisembaum estava a caminho de buscar uma de suas netas quando foi abordado por terroristas do Hamas, em 7 de outubro de 2023. Ele tentou escapar e chegou a ligar para a polícia, mas acabou capturado.

“Depois soubemos que ele havia ligado para a polícia, pois a chamada ficou registrada”, contou Hen Mahluf, uma das filhas do brasileiro. “Ele estava tentando ajudar outras pessoas, que conseguiram fugir.”

Hen mencionou, em dezembro, que seus filhos perguntavam constantemente pelo avô desde o dia que ele foi sequestrado pelo Hamas.

Amigos e familiares descrevem Nisembaum como um homem gentil e amoroso, apaixonado por sua família e envolvido em trabalhos voluntários.

Inicialmente, o corpo de Michel Nisembaum não foi identificado entre os demais. A principal pista para localizá-lo foi seu computador, encontrado na Faixa de Gaza. Por meio da geolocalização, militares localizaram o dispositivo em Khan Younis, uma cidade ao sul de Gaza.

Hen Mahluf e Mary Shohat, irmã de Nisembaum, dedicaram meses à busca por informações sobre ele. Em dezembro, viajaram ao Brasil para promover uma campanha pela libertação dos reféns e se encontraram com Lula.

O presidente discutiu o caso com o emir do Catar, Tamim bin Hamad Al-Thani, que medeia diálogos entre Israel e o Hamas. Porém, a conversa não gerou resultados efetivos, e a família de cobrou o governo brasileiro, que não respondeu aos pedidos.

Em 13 de maio, Ayala Harel, sobrinha de Nisembaum, disse que estava frustrada com a falta de informações por parte do governo brasileiro. Ela acreditava que o tio havia sido esquecido por Lula.

“Minha mãe e a filha dele foram ao Brasil em dezembro para encontra Lula, que prometeu fazer de tudo ao seu alcance para trazê-lo de volta”, disse Ayala. “E, obviamente, ele ainda não está aqui. Não temos nenhuma informação sobre Michel. Tenho certeza que Lula tem contatos para saber algo. É muito difícil.”

Fonte: revistaoeste

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