Christinny dos Santos
Única News
O bebê Moizes Amorin da Cruz, de 3 meses, morreu na terça-feira (30), após dar entrada na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) Sara Akemi Ichicava, em Sorriso, com sintomas de gripe. A mãe do menino procurou atendimento médico pelo menos quatro vezes antes que um médico optasse pela internação da criança e aponta negligência no atendimento hospitalar do município.
Em entrevista à imprensa local, Sirleia Cruz contou que procurou a unidade de saúde após o filho apresentar fortes sintomas de gripe. Lá, ela foi orientada a voltar para casa e fazer inalação na criança, então voltaria, caso o menino não apresentasse melhora.
Moizes passou a apresentar dificuldades para respirar e a mãe o levou até a Upinhada Zona Leste, onde foi encaminhada para o Hospital Regional. Na unidade de saúde, o médico plantonista disse que a criança estava com a garganta infeccionada, receitou um antibiótico e a mandou para casa.
No dia seguinte, o filho estava ainda pior. Então, Sirleia retornou com o menino na unidade de saúde, onde diz ter sido questionada pela médica plantonista acerca do retorno no hospital.
“Nossa mãezinha, o que você está fazendo aqui com esse menino de novo? Toda hora na UPA. Aqui tem tanta pessoa doente, você senta na cadeira, pega no seu filho. [para] pegar uma doença…”, relata Sirleia, contando o que ouviu da médica.
Depois de fazer um exame de sangue e receber a receita de um novo antibiótico, Sirleia e a criança foram novamente mandados para casa.
A mãe disse ainda que, embora a menino gritasse de dor, não recebeu atendimento adequado. “O menino gritava de dor e ninguém internou. Ele gritava, se retorcia e olhavam, mas ninguém fez nada. Com o menino daquele jeito, me mandaram para casa”, lamentou.
Apresentando nova piora, a mãe procurou um hospital particular, onde o médico indicou que o menino estava com um abscesso, além disso precisava permanecer internado por pelo menos sete dias. Sem condições de pagar o tratamento, Sirlei pedi que fosse encaminhada para um hospital público.
O menino passou novamente pela Upinha e, em seguida, foi levado para o Hospital Regional, onde apresentou os sintomas mais graves. Moizes, que já apresentava dificuldades para respirar, sofreu duas paradas cardíacas e não resistiu.
“Eles viram o menino gritando de dor, porque eles não encaminharam para o regional, porque não colocaram um antibiótico na veia dele para salvar ele? Mandaram para casa! O antibiótico na veia quem sabe tinha salvado ele e ele poderia estar no hospital, mas salvo, não tinha morrido”, lamentou Sirlei.
Outro lado
Em nota, a Prefeitura de Sorriso lamentou a morte de Moizes e informou que as medidas para apurar o atendimento prestado a criança já foram instauradas.
Confira a íntegra da nota:
A Administração Municipal lamenta a perda irreparável do pequeno Moizes Amorim da Cruz, ocorrida na terça-feira no Hospital Regional de Sorriso. Diante das declarações da mãe do pequeno, a Administração prontamente já iniciou as medidas para apurar o atendimento em todos os momentos em que a família procurou apoio tanto na Upinha da Zona Leste quanto na UPA Sara Akemi Ichicava, na área central.
Neste momento de dor, a Administração se solidarize & família e reitera que todas as ações para entender a dinâmica dos fatos já tiveram Início.
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Fonte: unicanews