O presidente nacional do Partido Liberal (PL), Valdemar Costa Neto, teria ordenado que a sigla levasse o processo contra o senador Sergio Moro ao por causa de opinião do advogado Marcelo Bessa. O ex-magistrado luta contra a cassação de seu mandato na Justiça.
Segundo o jornal O Globo, Valdemar foi cobrado por interlocutores do ex-presidente Jair Bolsonaro para desistir da ação. O presidente do partido é um dos autores do processo contra Moro. Ele alegou que seguiria a orientação de seu advogado, Marcelo Bessa.
O jurista defende que o partido teria que recorrer à Bessa não atuou diretamente na causa do senador até o momento, mas sua opinião teria sido decisiva para que Valdemar entrasse com recurso.
O advogado é responsável por defender Valdemar em processos na Justiça Eleitoral e no Supremo Tribunal Federal (STF). O presidente do PL responde por inquéritos na Corte, como o que investiga uma suposta tentativa de golpe de Estado envolvendo Bolsonaro.
De acordo com O Globo, auxiliares de Bolsonaro avaliam que Valdemar decidiu seguir com o processo para fazer um gesto ao STF.
O senador e ex-juiz Sergio Moro é alvo de processo de cassação e inelegibilidade por oito anos por “abuso de poder econômico” durante a pré-campanha eleitoral de 2022. O TRE-PR rejeitou as ações movidas pelo PL e pela Federação Brasil da Esperança, que é composta por três partidos de esquerda: PT, PCdoB e PV.
Os advogados das legendas esperam que, no TSE, o julgamento ocorra até agosto e resulte na cassação do mandato de Sergio Moro. Isso levaria a um eleição suplementar em novembro.
Fonte: revistaoeste