Abril será o último mês de venda liberada de álcool líquido 70% em farmácias e supermercados; o motivo é o grande número de acidentes devido ao uso cotidiano nas casas brasileiras.
Em Campo Grande, a prova disso está no número de pessoas internadas na Santa Casa, em média, de cada três pacientes do setor de queimados, um foi vítima de acidente com este tipo de álcool.
Vanessa é uma desses pacientes, ela teve quase metade do corpo queimado por álcool líquido. O acidente aconteceu durante um almoço, enquanto a família preparava bife na chapa; como conta a irmã de Vanessa, a atendente de telemarketing Luana Domingos Tavares.
A jovem já está internada há um mês e ainda não tem previsão de alta.
O álcool líquido 70% é altamente inflamável e, geralmente, provoca queimaduras mais graves; de 2º e 3º grau. Por isso em 2002 a venda foi proibida pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária, mas com a pandemia, a comercialização voltou a ser liberada como uma medida de saúde, essa autorização, no entanto, expirou em 31 de dezembro passado.
Os pacientes vítimas de queimaduras, geralmente, permanecem por um longo período internados e em casos mais graves, precisam passar até por cirurgia reparadora. Isso porque as lesões afetam todo o corpo.
Fonte: primeirapagina