Ari Miranda
Única News
Questionado por jornalistas sobre o surto de arboviroses no país, como a dengue, zika e chikungunya, o secretário de Estado de Saúde, Gilberto Figueiredo, afirmou que a situação ainda não é alarmante em Mato Grosso, mas que o comportamento da população, sim, é alarmante.
Apesar dos altos índices de casos no Brasil, o estado se mantém entre os com menos incidências das doenças causada pelo mosquito. No entanto, a população não tem se preocupado em tomar iniciativas para combater a proliferação do mosquito transmissor, o Aedes aegypti.
Segundo o último boletim epidemiológico da Secretaria de Estado de Saúde de Mato Grosso (SES-MT), divulgado no dia 22 do mês passado, Mato Grosso tinha 10.554 casos confirmados de dengue, além de 3.321 casos de Chikungunya e outros 69 da Zika.
“Alarmante é o comportamento da população. 80% dos focos do mosquito da dengue estão nas caixas d’água e dentro dos lares. Se a população se acomoda e não faz a sua tarefa, pode construir milhões de hospitais que [eles] não vão dar conta [de atender o número de casos]. A população precisa sair da acomodação e fazer a sua parte, (…) limpar os terrenos e as caixas d’água”, concluiu.
Quando perguntado sobre o fato do Ministério da Saúde não ter enviado uma remessa de vacinas contra a dengue para o Estado, Gilberto concordou com a ação do Governo Federal, destacando que outras regiões e estados do país estão em colapso e com urgência da vacina.
“O Ministério da Saúde fez uma aquisição de vacina que dá para vacinar 1% da população brasileira, e ele teve que priorizar as regiões mais colapsadas com maior número de casos, que graças a Deus, não é o caso do Estado de Mato Grosso”, destacou.
Além disso, Figueiredo enfatizou que, por ser uma novidade no mercado, há falta de doses da vacina disponíveis no mercado.
“Não existe vacina [contra a dengue] a curto prazo disponível. No momento certo, muito provavelmente no momento que vai surgir a vacina para todos os estados, é mais para o final do ano. Então não tem nada de errado nisso. Graças a Deus o Mato Grosso não é o Estado que está colapsando com maior número de casos no país”, reiterou.
O secretário ressaltou ainda que, mesmo que Mato Grosso recebesse lotes da vacina contra a dengue, a aplicação não teria a eficácia esperada no combate às arboviroses, destacando que, apesar de ser preocupante o número de casos de arboviroses no estado, a medida mais eficaz continua sendo o combate direto ao mosquito
“A vacina, nem se chegasse agora, seria uma solução para os problemas do momento. Porque a vacina é de duas doses. Vai tomar agora, 60 dias depois vai tomar a segunda dose. Então, um efeito prático nesse momento, para diminuir o número de casos, não iria acontecer”, enfatizou.
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Fonte: unicanews