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Nova descoberta: Superfície elimina 96% dos vírus, afirmam cientistas.

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Recentemente, cientistas do Instituto Real de Tecnologia de (RMIT, na sigla em inglês), localizado na Austrália, desenvolveram uma superfície capaz de eliminar os vírus que entraram em contato com ela. O material é com silício e coberto com nanoespinhos (invisíveis ao olho humano).

Os australianos explicaram que os chamados “nanospikes” podem literalmente espetar os patógenos à medida que as partículas entram em contato com o material. E isso é suficiente para impedir a proliferação dos vírus. A cientista Natalie Borg, bióloga molecular da RMIT, explicou o funcionamento da superfície.

“Nossa superfície destruidora de parece um espelho preto a olho nu, mas na verdade tem pequenos picos projetados especificamente para matar vírus. Este material pode ser incorporado a dispositivos e superfícies

Natalie Borg ao Science Alert.

Como os cientistas desenvolveram a superfície que repele vírus

A inspiração para o desenvolvimento do material veio da natureza: as asas de insetos. Isso porque libélulas e cigarras, por exemplo, têm uma estrutura pontiaguda (que só pode ser observada em nanoescala: um nanômetro equivale a 1 bilionésimo de metro). Essas estruturas podem perfurar bactérias e fungos.

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Um vírus no material nano-cravado, ampliado 65.000 vezes | : RMIT/Reprodução

Em uma simulação de computador, os cientistas observaram a interação da superfície com o vírus hPIV-3 (que causa bronquite e pneumonia) em uma superfície composta por agulhas com 2 nanômetros (nm) de espessura — 30 mil vezes mais finas do que um fio de cabelo humano — e 290 nm de altura.

Os pesquisadores descobriram que o design da estrutura é extremamente eficaz em danificar a camada externa do vírus a ponto de perfurar as suas membranas. O que incapacitou cerca de 96% dos vírus que tiveram contato com a superfície durante um intervalo de tempo de seis horas.

O principal autor do estudo, o cientista Samson Mah, disse que “a implementação desta tecnologia de ponta em ambientes de alto risco, como laboratórios ou instalações de saúde, onde a exposição a materiais biológicos perigosos é uma preocupação, poderia reforçar significativamente as medidas de contenção de doenças infecciosas”.

“Ao fazer isso, pretendemos criar ambientes mais seguros para pesquisadores, profissionais de saúde e pacientes”, completou o pesquisador.

Fonte: revistaoeste

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