O divulgou nesta quarta-feira, 3, uma nota de “grande pesar” pelo terremoto de 7,5 graus que atingiu Taiwan. No comunicado, o Itamaraty ignorou a soberania do governo, que é democrático, e o chamou de “Taipé Chinês”. A nomenclatura é usada pelo Partido Comunista da China (PCC), que considera a ilha como parte do seu território.
“O governo brasileiro tomou conhecimento, com grande pesar, dos terremotos que atingiram, em 3 de abril, o Taipé Chinês”, disse a nota do ministério. “Ao manifestar sua solidariedade pelas perdas humanas e materiais registradas, o governo estende suas sinceras condolências às famílias das vítimas”.
Ainda no comunicado, o Itamaraty informou o número de telefone do plantão consular do Escritório Comercial do Brasil em “Taipé”, que “permanece em funcionamento para atender brasileiros em situação de emergência”. Até o momento, não foram identificados cidadãos do país entre as vítimas.
No Twitter/X, a postagem recebeu diversas críticas. “Taiwan é um país, seus capachos de ditadores”, disse um usuário da plataforma. “Não existe nenhum lugar chamado Taipé Chinês; o nome do lugar em que ocorreu o terremoto é Taiwan”, corrigiu outro. “Como assim? O Brasil não reconhece a soberania de Taiwan?”, questionou um terceiro.
Em janeiro, o Ministério de Defesa da China declarou que seu Exército está em alerta para tomar todas as ações para “esmagar” qualquer plano de independência de Taiwan.
“O Exército vai defender a soberania e integridade territorial chinesas de forma decidida”, afirmou Zhang Xiaogang, porta-voz da pasta.
A afirmação foi em resposta a uma jornalista que questionou a melhoria da frota aérea de Taiwan, cujos planos são de comprar mais aeronaves dos Estados Unidos.
O Gabinete de Assuntos para Taiwan, mantido pelo governo Xi Jinping, informou que a independência da ilha é “incompatível com a paz no Estreito de Taiwan e contraria os interesses e bem-estar do povo”.
Taiwan fica localizada a cerca de 160 quilômetros da costa sudeste da China. A ilha consta na lista de territórios aliados dos EUA e é considerada crucial para a política externa norte-americana.
Fonte: revistaoeste