Comer, até comem. Mas há apenas dois casos registrados desse comportamento na natureza, ou seja: não existem dados suficientes para saber se o canibalismo é recorrente ou não.
A observação mais recente rolou em 2021, nos EUA. A bióloga Betsy Evans, da Universidade Atlântica da Flórida, fotografou e filmou um grupo de urubus-de-cabeça-preta (Coragyps atratus) bicando o cadáver de um membro morto da mesma espécie. Na ocasião, não havia qualquer evidência de que os animais estivessem passando fome e tenham feito isso por desespero.
Na ausência de mais observações na natureza, uma pista importante a favor da hipótese do canibalismo entre urubus é que ele ocorre em situações artificiais. Por exemplo, quando há efígies – aves mortas penduradas em um lugar visível para mostrar a outras aves que o local é perigoso e espantá-las. Os urubus, em vez de fugirem ao ver um companheiro abatido, vão lá bicá-lo, ainda que nem sempre consumam a carne.
Fonte: artigo “Cannibalism by black vultures (Coragyps atratus)”, de Betsy A. Evans
Pergunta de @felipesinoble, via Instagram
Fonte: abril