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Envelhecimento molecular e celular: Descubra os critérios além da pele com Taise Spolti

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No mundo atual, dentro das bases de estudo e aplicações da ciência, muito se fala sobre o envelhecimento. Mas não é o envelhecimento apenas cutâneo, ou “o quanto eu pareço estar velho”, e sim os marcadores do envelhecimento molecular e celular.

Esse envelhecimento é um conjunto de marcadores biológicos que demonstram que nossa capacidade de se regenerar, curar, replicar células ou até controlar o crescimento de um tumor já não está tão efetiva.

É algo inerente à vida, mas que a depender de como é nosso jeito de viver, ou dos nossos hábitos e nossas predisposições genéticas, pode surgir de forma precoce, antecipando doenças e condições da terceira idade.

Fazer gerenciamento do envelhecimento é uma prática atual, muito estudada, principalmente por profissionais que atuam sob a ótica da epigenética, ou seja, de como o meio influencia o DNA. Mais precisamente, como os nossos hábitos influenciam o envelhecimento de forma acelerada, trazendo doenças crônicas cada vez mais precocemente, ou então, retardando e silenciando uma condição pré-determinada pela nossa genética.

Quais são os critérios conhecidos e propostos do processo de envelhecimento:

Desaceleração física;

Menor capacidade de adaptação ao estresse;

Declínio da homeostase;

Declínio da função imunológica;

Declínio da função celular;

Declínio cognitivo e motor;

Acúmulo de danos celulares.

Para que tais critérios ocorram naturalmente ao longo da vida, e ao chegarmos em idade avançada, vários processos aconteceram antes, em um tempo pré-determinado pelas nossas células e nosso DNA, programado para ter ciclos de divisões celulares limitados ao longo da vida.

Os telômeros são as extremidades dos cromossomos, compostas por sequências repetitivas de DNA não codificante. Sua função principal é proteger o material genético do cromossomo durante a replicação celular e impedir a perda de informações genéticas essenciais.

A cada ciclo de divisão celular, os telômeros tendem a encurtar um pouco, devido à impossibilidade da replicação completa das extremidades do DNA. Esse encurtamento progressivo dos telômeros está associado ao envelhecimento celular e relacionado ao processo de senescência celular, que é o estado de inatividade celular irreversível.

E são os nossos hábitos que contribuem com a velocidade de renovação celular devido a danos causados ao nosso organismo, a cada ciclo celular programado, ou então, protegendo esses mesmos mecanismos de danos pelo estresse ou radicais livres.

Como os hábitos influenciam envelhecimento?

Aumento de estresse oxidativo através da incapacidade do corpo de remover ou neutralizar os radicais livres, a alimentação rica em ultraprocessados, pobre em nutrientes, tabagismo e o álcool são os campeões em produção de radicais livres, o que causa um desequilíbrio entre como neutralizamos eles e o quanto produzimos a mais.

Inflamação crônica de baixo grau —que inclusive mereceu uma matéria completa aqui— é uma persistência de sintomas resultantes de vários processos inflamatórios no organismo, e que resulta em uma variedade de doenças relacionadas à idade, como as cardiovasculares, diabetes, câncer e doenças neurodegenerativas.

Danos no DNA, incluindo mutações e lesões, podem se acumular ao longo do tempo e contribuir para o envelhecimento e o desenvolvimento de doenças relacionadas à idade. Mais uma vez, tabagismo, alcoolismo, ultraprocessados e aditivos químicos, assim como poluição e sedentarismo, estão entre os principais causadores de danos ao DNA.

As mitocôndrias são as organelas responsáveis pela produção de energia dentro das células. A disfunção mitocondrial está associada ao envelhecimento e ao desenvolvimento de doenças relacionadas à idade. Exercício físico é um dos principais moduladores de função mitocondrial, por ter como efeito de médio e longo prazo a mitocondriogênese, ou seja, aumento do numero de mitocôndrias no organismo, melhorando então suas funções e, consequentemente, performance. Vale lembrar que um local onde há muita mitocôndria é na musculatura cardíaca e no córtex cerebral.

Uma boa avaliação clinica e com exames específicos poderá guiar você no conhecimento do próprio processo de envelhecimento. Essa análise, a mudança dos hábitos e o uso de nutrientes específicos podem auxiliar na redução dos danos causados pelo envelhecimento celular, oferecendo melhor qualidade de vida.

Fonte: uol

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