O (MPSP) ajuizou, na quinta-feira 21, uma ação civil contra o influenciador digital Bruno Monteiro Aiub, popularmente conhecido como Monark. O objetivo, de acordo com a nota, é cobrar uma indenização de R$ 4 milhões do podcaster por ter defendido a legalidade de um partido nazista no Brasil, durante edição do programa Flow Podcast, em fevereiro de 2022.
Conforme o MPSP, a quantia milionária vai para a Secretaria da Justiça e da Defesa da Cidadania de são Paulo, por meio do Fundo Estadual de Defesa dos Interesses Difusos.
No pedido, o promotor Reynaldo Mapelli Júnior, de Direitos Humanos do MPSP, acusa Monark de ter feito “expressa defesa da criação de um partido nazista e da possibilidade de se declarar e agir como antijudeu”.
Em janeiro, Monark informou em seu perfil no Twitter/X que o YouTube encerrou, permanentemente, todos os seus canais na plataforma.
Em 2022, Monark defendeu a legalidade de um partido nazista no Brasil durante uma entrevista com os deputados federais Kim Kataguiri (DEM-SP) e Tabata Amaral (PSB-SP).
“A esquerda radical tem muito mais espaço que a direita radical, na minha opinião. Eu sou muito mais louco que todos vocês”, observou Monark. “Acho que o nazista tinha que ter o partido nazista reconhecido.”
O trecho gerou repercussão negativa na internet e na mídia. Posteriormente, Monark publicou um vídeo e pediu desculpa. O podcaster também justificou a fala ao dizer que estava bêbado no momento da entrevista. Em razão do episódio, patrocinadores do programa cancelaram contratos com a Estúdios Flow, .
Para o MPSP, a criação de um partido nazista representa “a criação de um partido político feito para perseguir e exterminar pessoas”. “Notadamente judeus, mas também pessoas com deficiência, LGBTQIAP+ e outras minorias”, afirma o órgão, em nota. “Os comportamentos antissemitas não podem ser aceitos como meros inconvenientes abrangidos pela liberdade de expressão.”
O órgão também afirmou que a conclusão é que houve “postura racista, antissemitismo e nazismo no comportamento do réu”. A indenização deve ir para o Fundo Estadual de Defesa dos Interesses Difusos.
Fonte: revistaoeste