Ganhar um Oscar é um desejo antigo do cinema brasileiro: já batemos na trave algumas vezes, mas nunca levamos para casa a tão cobiçada estatueta. Para o Oscar 2023, a nossa esperança está em Marte Um, o longa que nos representará na busca por uma vaga na categoria de Melhor Filme Internacional e que acaba de ser premiado em dois festivais realizados nos Estados Unidos.
O filme do diretor mineiro Gabriel Martins conquistou os prêmios de Melhor Filme de Ficção, Melhor Filme Internacional e Melhor Elenco no Out On Film Festival, realizado em Atlanta, e o prêmio de Melhor Longa de Ficção no Festival de Nashville.
Há algumas semanas, Marte Um já tinha se destacado no Festival Black Star, na Filadélfia, e no Festival de San Francisco. O fato de estar repercutindo nos Estados Unidos é um bom sinal, já que assim o filme tem mais visibilidade, mais chances de ser visto e votado pelos membros da Academia.
Marte Um traz uma história muito sensível e que retrata muito da nossa realidade no Brasil. É, acima de tudo, um filme sobre sonhos, família, amor, esperança, planos, medos e as lutas que travamos diariamente. O enredo acompanha uma família negra em que cada membro traça sua própria jornada em busca de um futuro melhor.
Brasil na tela grande
Deivid (interpretado por Cícero Lucas), o caçula da família Martins, sonha em ser astrofísico e participar de uma missão para colonizar Marte. Morando na periferia, as chances de conseguir isso são muito pequenas, mas ele não desiste e passa horas vendo vídeos sobre astronomia na internet: seu grande ídolo é Neil deGrasse Tyson.
O pai, Wellington (Carlos Francisco, de Bacurau) é porteiro em um prédio de elite e comemora o fato de ter vencido o alcoolismo. Tércia (Rejane Faria, da série Segunda Chamada) é a matriarca que, depois um incidente envolvendo uma pegadinha de televisão, acredita ser vítima de uma maldição sobrenatural.
Por último, a filha mais velha é Eunice (Camilla Damião), que pretende se mudar para um apartamento com sua namorada, mas não tem coragem de contar aos pais.
O diretor Gabriel Martins diz que tem recebido feedbacks muito positivos da audiência, tanto do Brasil quanto do exterior. “Na França teve pessoas que não conseguiram conversar comigo porque estavam muito emocionadas e, no Brasil, esse sentimento se multiplicou. […] Acho que ‘Marte Um’ traz uma espécie de crença mais atenta ao ser humano, um sentimento de perseverança e resiliência”, afirmou, em entrevista ao .
O cineasta é, inclusive, o primeiro negro do Brasil a ter um selecionado para disputar a indicação ao Oscar de Melhor Filme Internacional.
Ficou curioso para ver Marte Um? Então corra que o filme está passando em vários cinemas do Brasil e já atraiu mais de 60 mil espectadores. Pesquise se a sua cidade está exibindo e bora prestigiar o audiovisual brasileiro.
Estamos na torcida para que a indicação ao Oscar venha!
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Fonte: e
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Jornalista apaixonado por contar histórias. Paranaense radicado em São Paulo. Louco por viagens e experiências novas.