O professor Aquino Figueiredo, preso em flagrante por se masturbar para um faxineiro no banheiro da , esteve no gabinete da deputada estadual Professora Bebel (PT) uma semana depois do ato. A prisão ocorreu na quinta-feira 22, e o docente foi à sala da petista na quinta-feira 29.
Em vídeo que circula no Instagram, é possível ver o professor entrando no gabinete com a permissão dos assessores parlamentares. O deputado estadual Lucas Bove (PL) registrou as cenas.
Aquino Figueiredo trabalha na rede pública e integra o Sindicato dos Professores do Ensino do Estado de São Paulo (Apeoesp), ligado à .
O professor é amigo e aliado da petista há anos. Nas redes sociais, ambos compartilham fotografias, textos e vídeos juntos.
Na imagem acima, por exemplo, registrada em 11 de setembro de 2021, a Professora Bebel celebra o aniversário do amigo. “Um abraço ao companheiro”, escreveu na legenda das fotos.
Um ano depois, foi a vez de o professor enviar uma mensagem de carinho à colega. Na ocasião, em 5 de fevereiro de 2022, a Professora Bebel ministrou uma palestra na Faculdade de Guarapiranga — a pedido de Aquino Figueiredo.
Já em 2023, a deputada do PT divulgou uma foto em que aparece ao lado de Aquino Figueiredo, dentro do mesmo gabinete onde ele esteve na semana passada.
No mesmo dia em que foi preso em flagrante, o professor participou de uma audiência pública na Alesp, comandada pela petista.
Em 22 de fevereiro, um funcionário da limpeza foi a um dos banheiros da Alesp para limpar o local. Aquino Figueiredo entrou na sequência e logo fechou a porta de uma cabine sanitária. O faxineiro, então, decidiu aguardá-lo do lado de fora. Momentos depois, percebeu que o professor o estava observando e se masturbando.
O faxineiro advertiu o professor e disse que chamaria os seguranças da Alesp. “Quero ver você provar que eu estava fazendo isso”, respondeu Aquino Figueiredo, segundo o boletim de ocorrência.
Em depoimento à Polícia Civil, o professor disse que tem diabete e que precisava se masturbar para tomar a medicação. Acabou indiciado pelo crime de importunação sexual, com pena de até quatro anos de prisão. O caso foi registrado no 27º Distrito Policial de São Paulo.
A Alesp lamentou o episódio e comunicou que prestou atendimento à vítima. Contudo, não se manifestou sobre o retorno de Aquino Figueiredo ao local uma semana depois do crime.
A Professora Bebel mantém as redes sociais ativas desde o ato de importunação sexual do colega. No entanto, ainda não se pronunciou sobre o caso. interpelou a deputada, mas não obteve resposta até a publicação desta reportagem.
Fonte: revistaoeste