O disse, em uma conferência realizada no Vaticano, que a ideologia de gênero é o perigo “mais feio” da humanidade. A declaração foi dada nesta sexta-feira, 1º, para os participantes do “Encontro Internacional Homem-Mulher, Imagem de Deus”.
De acordo com o portal Vatican News, o evento é promovido pelo Centro de Pesquisa e Antropologia das Vocações (CRAV). O encontro reúne estudiosos, filósofos, teólogos e pedagogos. O objeto da conferência é “refletir sobre os diálogos entre culturas e o futuro do cristianismo”.
“Gostaria de sublinhar uma coisa: é muito importante que haja esse encontro entre homens e mulheres, porque hoje o perigo mais feio é a ideologia de gênero, que anula as diferenças”, disse o papa Francisco. “Pedi para fazer estudos sobre essa ideologia ruim do nosso tempo, que apaga as diferenças e torna tudo igual; cancelar a diferença é cancelar a humanidade. Homem e mulher, porém, vivem uma ‘tensão’ fecunda.”
O papa também disse que leu um romance do início do século 20 intitulado O Senhor do Mundo, do autor Robert Hugh Benson. Segundo Francisco, o livro é “profético”, pois mostra essa tendência de negar todas as diferenças”. “É interessante lê-lo, porque há esses problemas de hoje”, sublinhou. “Aquele homem era um profeta.”
Depois de sua fala, o papa pediu para o seu colaborador Filippo Campanelli ler o discurso. O pedido foi feito em virtude de o papa estar resfriado e enfrenta problemas para ler.
Papa Francisco diz que cada pessoa tem sua vocação
No discurso, o pontífice ressaltou que cada pessoa tem a sua vocação. Segundo ele, quando esse chamado é descoberto, somos levados “a abraçar com alegria e responsabilidade uma missão específica e pessoal”.
O religioso também ressaltou que a vida de cada ser humano “não é um acidente de percurso”. “A nossa existência no mundo não é um mero fruto do acaso, mas fazemos parte de um plano de amor e somos convidados a sair de nós mesmos e realizá-lo, para nós e para os outros”, afirmou Francisco.
Fonte: revistaoeste
