Sophia @princesinhamt
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‘Aquecimento global: O cenário continua preocupante?’

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Como já abordamos algumas vezes, o tal “aquecimento global”, que é tratado como uma “emergência climática”, não passa de uma das componentes das tradicionais e há muito observadas variações climáticas regionais. Como são bastante recorrentes, costumam apresentar alguns padrões relativamente cíclicos. Contudo, a existência dessas pequenas flutuações é vista com alarde, como um problema, culpando os humanos e suas atividades de produção.

Assim, acabaram transformando o CO2, o gás da vida, além de outros equivalentes naturais, em poluentes e responsáveis pela existência de um clima que se altera, mas que não se tem certeza para onde, apenas se baseando da fictícia “temperatura do ar média global” e um efeito, o chamado “estufa” que não existe na atmosfera terrestre.

O abstrato e totalmente impreciso parâmetro “temperatura do ar média global” traz problemas diretamente na sua própria definição. São mais de 510 milhões de quilômetros quadrados de superfície planetária que jamais foram cobertas por medições diretas na sua totalidade e nunca serão, como bem lembrava (1917-2008), o pai da meteorologia moderna.

Sobre essa superfície, temos a atmosfera, que se divide em camadas, sendo a primeira camada de baixo para cima, a troposfera, o principal estrato do fluido gasoso onde se observam os mais variados fenômenos derivados das relações com as diversas superfícies da Terra e a incidência de energia do Sol. Só o fato de termos uma miríade de conexões e situações já deveria sinalizar para as pessoas a extrema complexidade de se entender e racionalizar todos os processos envolvidos e o peso de cada um deles.

Se as medições in situ (estritamente no local) são impraticáveis para se determinar um parâmetro tão influenciável como a temperatura do ar por todo o globo, todos os demais parâmetros, até mesmo mais relevantes que a temperatura, tornam-se quase que uma sombra para podermos especular uma classificação climática.

O “aquecimento” em meio aos satélites

7 de dezembro
“The Blue Marble”. Vista Da Terra, Assim Como Foi Avistada Pela Tripulação Da Apollo 17 Viajando Em Direção À Lua | Imagem: Nasa/Reprodução

Mas é claro, veio a Era dos Satélites. Saindo das aplicações estritamente militares e partindo para o científico “quase público”, em 1972, seu uso foi se aprimorando até que, por volta de 1978, passou a integrar o sistema de monitoramento contínuo. A partir dali, temos medições de forma indireta por sensores embarcados em plataformas espaciais orbitais que inferem valores dos mais variados parâmetros, recorrendo a estimativas de processos físicos, assinaturas espectrais (energia) e uma quantidade avassaladora de procedimentos matemáticos e computacionais. Muitas destas inferências serão estimativas e a temperatura do ar é uma delas.

“Os modelos climáticos não apresentam utilidade alguma”

Ricardo Felício

Depois disto, temos os modelos matemáticos computacionais que não medem temperatura, mas estimam quais serão seus valores. Aqui temos uma divisão clara entre os modelos meteorológicos, destinados a realizar o prognóstico de tempo meteorológico, dentro dos quadros regionais geográficos de sua abrangência, em um espaço de tempo futurístico aceitável (se chove, se faz frio, quanto venta etc. em até uma semana). Mas também há os chamados modelos climáticos, que fazem simulações de como supostamente serão os valores dos parâmetros do no futuro.

Diferentemente da categoria dos meteorológicos, os modelos climáticos não apresentam utilidade alguma, especialmente porque não sabem simular os principais parâmetros desejados e quais foram os processos que os geraram. Além de serem uma verdadeira lástima, são altamente especulativos na localização e distribuição desses mesmos parâmetros no que tange aos aspectos geográficos regionais, pois baseiam seus resultados em suposições, portanto, cenários.

Não é de se admirar que façam especulações sobre quanto será a temperatura do ar nos determinados lugares e, a partir dessa, realizem especulações das especulações. Infere-se, por exemplo, no que acontecerá com as chuvas, vegetação, gelo, etc. Só porque variaram a temperatura do ar média destes mesmos locais no decorrer do tempo.

Simulação de cenários

Calor permanece durante o dia
Medições Climáticas Pautam Artigo De Ricardo Felício | Foto: Reprodução/ Freepik

Assim, eles simulam diversos cenários, altamente especulativos, baseados forte e erroneamente em um único parâmetro, a temperatura do ar, quando esta é o resultado de todos os processos. A coisa ainda piora quando associam a variação desta temperatura a uma metodologia que é uma verdadeira ficção, pois usam a hipótese de que é o CO2 o fator primordial do seu controle.

E dali, penetramos numa terceira camada, pois surgem as especulações sobre as especulações das especulações, chegando ao ponto em que o desenvolvimento humano, representado pelo IDH e crescimento econômico causam “mudança climática”. Tais pressupostos metafísicos acabam interferindo até mesmo em outros setores, como nos modelos econômicos que incluíram a farsa climática em seu âmago, utilizando premissas erradas para justificar a pobreza no mundo, como bem lembra o economista e doutor em relações internacionais, o professor doutor Pedro Erik Carneiro.

Isto também nos faz recordar da história das observações do planeta Vênus realizadas no século 19 por potentes telescópios que não conseguiam fotografar a superfície do planeta, dada a sua espessa cobertura de nuvens extremamente brilhantes que fecha a sua troposfera, especialmente nas elevadas altitudes entre 30 a 65km. Na comunidade científica, especulava-se muitas coisas.

“‘Temperaturas do ar e clima com CO2‘ e ‘dinossauros com não ver a superfície de Vênus’ têm a mesma analogia”

Ricardo Felício

Por estar mais próximo do Sol e ter tantas nuvens, imaginava-se que Vênus era muito quente. Por ser muito quente, uma quantidade espetacular dessa água evaporava e condensava em nuvens permanentes. Para manter tal cobertura, a superfície deveria apresentar muita água. Essa água poderia indicar que a superfície do planeta fosse algo bastante pantanoso, incluindo as regiões próximas dos seus polos. Se era algo pantanoso, a vida de répteis seria bem possível, sendo plausível a existência de dinossauros. Assim, porque não vemos a superfície do planeta, logo devemos supor que lá teremos .

Vênus versus questões climáticas

vênus vulcões
Vênus: Planeta Cuja Órbita É A Mais Próxima À Terra | Foto: Reprodução

A história acima não muda nada em relação às questões climáticas. Pode ser modelada matematicamente e inserida em supercomputadores por códigos de programação. Pode-se preparar diversos argumentos lógicos, criar toda a metodologia, arcabouços robustos de relações dentro da hipótese, mesmo cometendo o pecado de esta não ser verificável experimentalmente na forma de causa e consequência. Assim, “temperaturas do ar e clima com CO2” e “dinossauros com não ver a superfície de Vênus” têm a mesma analogia.

E assim pergunta-se: se os quesitos para se definir clima são mais amplos que simplesmente avaliar a temperatura de determinado lugar, como saber se a temperatura do ar média global poderia nos ajudar a inferir qualquer coisa que seja? . Ademais, o termo “mudança climática” já foi previsto a ser usado para quando as temperaturas baixassem, fugindo do “combinado” quando a natureza de Deus resolve envergonhar os profetas climáticos ambientais.

No espólio desta guerra, restou-nos saber o que sobrou quando comparamos os seguintes três conjuntos que englobam o mundo inteiro:

1 — O que conseguimos medir de temperaturas do ar nas nossas escassas, mal espalhadas e limitadas Estações Meteorológicas de Superfície ao longo de um tempo não muito prolongado, com falhas de dados, registros por vezes intermitentes e interferências ambientais;

2 — O que medimos sistematicamente na história dos 50 anos de dados de satélite, cujos procedimentos de medição também se alteraram no decorrer deste período, com variações significativas de tecnologias, mas levando em conta que seus sistemas envolvem a medição indireta das temperaturas do ar, expressas pela agitação de moléculas, como resultado de todos os processos na troposfera que foram passíveis de serem monitorados; e

3 — O que desenharam (mas nunca mediram) os modelos climáticos para a temperatura do ar desde que começaram as discussões climáticas relacionadas às atividades humanas, incluindo seus “aperfeiçoamentos” durante o mesmo período e sua validação com o que ocorreu de fato no mundo natural.

Voltando à questão do “aquecimento”

Inverno recorde em Oslo, Noruega
No Centro De Oslo, Os Termômetros Marcaram -21,5 °C Durante A Noite De 6 De Janeiro De 2024 | Foto: Reprodução/Rede Social/Visit Oslo

Ressaltamos que o conjunto 1 expressa a maior sensibilidade ao mundo real no aspecto mais regional, pois mediu as variações em superfície, com ou sem interferências, mesmo com as suas limitações espaciais. Já o o conjunto 2, embora aumente a cobertura espacial de observação, tem mais fidelidade às estimativas dos processos medidos pelo perfil da atmosfera, especialmente os substratos da troposfera, mas não tanto aos valores de temperatura do ar propriamente.

O conjunto 3, no entanto, não mediu nada. Ele simplesmente projetou as temperaturas, estimadas em seus modelos de clima computadorizados, onde magistralmente suas cenarizações se concentram na hipótese de que a atmosfera trabalhe como uma estufa e que o CO2 é o agente promotor deste processo, criando uma relação em que ele controla as temperaturas do ar. Em seus modelos, .

Quem será que representou com mais fidelidade o mundo real? Quem será que aqueceu mais a Terra do que ela mesma? Afinal, quanto que foi o tal aquecimento? Será que estamos mesmo passando por uma “ebulição climática”? Chegamos ao “ponto sem volta”? E, afinal, volta de quê? Veremos as respostas destas questões e mais algumas considerações muito interessantes na parte 2. Até lá!

Fonte: revistaoeste

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