Em seu terceiro mandato como chefe do Poder Executivo, o Luiz Inácio Lula da Silva já foi alvo de 19 pedido de impeachment. O último — e com o maior número de adesões — motivado por uma declaração em que o petista compara o conflito entre Israel e o grupo terrorista Hamas ao Holocausto.
Dos 19 pedidos, dois foram arquivados e os outros 17 permanecem sob análise da Câmara dos Deputados. Cabe ao presidente da Casa, Arthur Lira (PP-AL), decidir se acolhe, ou não, as solicitações para dar início ao processo.
Lula desponta como o presidente com o maior número de requerimentos de impeachment no primeiro ano e dois meses de gestão, acumulando mais que o dobro do que tinha o ex-presidente Jair Bolsonaro no mesmo período, segundo levantamento do portal R7.
Os dois presidentes que sofreram impeachment — Dilma Rousseff e Fernando Collor de Mello — tiveram menos pedidos protocolados no primeiro ano de mandato. Dilma não teve registro de requerimentos do tipo no ano inicial da gestão.
Já Collor teve dois pedidos no mesmo período. Ao todo, Dilma acumulou 68 pedidos de impeachment durante todo o governo. Enquanto Collor, acumulou 29.
Os primeiros dois pedidos de impeachment datam de janeiro de 2023. Os dois foram arquivados e são sobre o mesmo assunto: a fala do petista durante uma viagem oficial à Argentina. Na ocasião,
O último requerimento, desta quinta-feira, . O pedido foi protocolado depois de Lula, em uma coletiva na Etiópia, comparou o conflito entre Israel e Hamas ao extermínio de judeus promovido pelo ditador da Alemanha nazista Adolf Hitler, durante a Segunda Guerra Mundial.
“O que está acontecendo na Faixa de Gaza não existe em nenhum outro momento histórico, aliás, existiu, quando Hitler resolveu matar os judeus”, disse o presidente na ocasião.
As principais acusações contra o petista, nos outros pedidos de impeachment, são:
- Crime de responsabilidade pela dispensa indevida no processo de licitação para compra de móveis de luxo;
- Atuação e suposta omissão para evitar os atos de vandalismo que aconteceram em 8 de janeiro;
- Tentativa de impedir a instalação de comissões parlamentares de inquérito para investigar o 8 de janeiro;
- Declaração em que diz que queria “fod***” o ex-juiz da Lava Jato e hoje senador Sergio Moro;
- Recepção do ditador da Venezuela, Nicolás Maduro;
- Declaração em que diz ter “orgulho de ser chamado de comunista” e que o conceito de democracia é “relativo”;
- Chamar os bolsonaristas, apoiadores do ex-presidente, de “malucos” e que o “bolsonarismo não foi derrotado”;
- Suposto empréstimo de US$ 1 bilhão à Argentina para tentar impedir o avanço de Javier Milei durante as eleições no país;
- Crime de responsabilidade por supostamente permitir que a primeira-dama, Janja, “assumisse a agenda presidencial”.
Fonte: revistaoeste