Sophia @princesinhamt
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Sem açúcar há 6 anos: O relato de uma ex-compulsiva por doces

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Priscila Azevedo, 45 anos, comia açúcar todos os dias e ‘cometia loucuras’ por doces. Essa relação teve de mudar quando a especialista em marketing digital decidiu melhorar o rendimento na , sua outra paixão. Não foi fácil, mas ela conseguiu cortar os doces do cardápio e ganhou mais disposição, além de um abdome mais definido:

“Sempre fui aquela criança que gostava muito de doce. Não ligava para comida salgada e trocava qualquer coisa por um brigadeiro.

Nunca tive problema com peso, mas quando cresci tive de mudar esse hábito por achar que a grande quantidade de açúcar que comia poderia prejudicar minha saúde.

Eu não conseguia ficar um dia sem comer um docinho. Até tentava fazer alguns desafios. Comprava uma barra de chocolate e dizia que só ia comer um pedacinho por dia, mas acabava comendo tudo.

Uma vez, não tinha doce em casa e meu marido ganhou uma caixa de . Como ele não quis abrir a caixa, eu dei um jeito de retirar alguns chocolates e fechar a embalagem direitinho, para meu esposo não perceber que comi escondida (risos)

Dieta para correr 21 km

Amo praticar atividade física e talvez por isso nunca engordei mesmo comendo muitos doces. Eu amo correr e resolvi me inscrever em duas meias maratonas (prova com 21,097 km). Aí, uma transformação aconteceu.

Procurei uma endocrinologista para fazer um check-up. Ela me orientou a fazer uma dieta para reduzir um pouco a gordura corporal, pois qualquer ‘quilo extra’ atrapalha a performance na corrida.

A disse que com um cardápio regrado eu emagreceria bem. Segui suas orientações, mas não perdi peso. Adivinha o motivo? Sempre colocava um chocolate ou dois brigadeiros no cardápio para saciar minha vontade.

Quando retornei à médica, ela disse que eu não emagreci pois estava me sabotando. Então, a especialista propôs que eu ficasse um mês sem açúcar.

Aceitei o desafio e fiz minha ‘despedida’ dos doces comendo o chocolate que mais gosto.

O primeiro dia sem açúcar foi desesperador. Até enxaqueca eu tive. Comprei umas çocas zero açúcar e docinhos diet para não enlouquecer e acabar saindo do meu propósito.

No dia seguinte foi ruim, mas um pouco menos. Mesmo assim, comprei um chocolate amargo para não sair atacando todos os doces que via pela frente. Já no terceiro dia foi bem melhor e em uma semana estava praticamente adaptada.

Parece que quando você para de comer açúcar por um tempo, o desejo por doces diminuiu.

Algo que funcionou para mim foi, em vez de fazer uma mudança radical, ir tirando o açúcar e adaptando o paladar aos poucos.

Por exemplo: ficar um dia inteiro sem doce e no outro comer uma sobremesa sem açúcar refinado, como uma banana com canela no micro-ondas, um chocolate amargo ou uma paçoca zero.

Beber bastante água também me ajudou a controlar o desejo por doces.

Um mês depois voltei ao consultório e a médica ficou impressionada com o quanto meu corpo mudou, principalmente em relação à gordura abdominal.

Fiz a meia maratona e me senti muito bem na corrida, o resultado foi na prova maravilhoso.

Então, pensei: ‘Se fiquei um mês e o resultado foi tão bom, por que não continuar?

Continuem sem comer açúcar desde então e estou há mais de seis anos sem o alimento em minha vida.

Em alguns momentos, até optava por doces diets, mas tenho muita intolerância a alguns tipos de adoçantes. A barriga estufa e parece até que estou grávida, não me sinto bem.

Hoje, quando tenho muita vontade de doce, já me sinto saciada com uma laranja ou um pedaço de abacaxi. Às vezes, até consumo um produto diet. Mas, no dia dia, minha sobremesa depois do almoço é o café, totalmente puro.

Aprendi realmente a sentir o gosto do café e compro vários tipos, por sentir a diferença de cada um.

Algumas mudanças aconteceram no meu organismo ao parar de comer açúcar. Eu tinha uma enxaqueca séria, cheguei até a tomar remédio controlado. Era uma dor intensa e eu vomitava durante as crises.

Depois que cortei o açúcar, o máximo que sinto é uma pontada de dor de cabeça e, mesmo assim, sem me aborrecer muito.

Agora estou muito mais disposta para tudo, não só para correr e pedalar. Minha saúde e minha vida mudaram.”

Fonte: uol

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