Aldo Rebelo, antigo ministro dos governos Lula e Dilma, tomou posse na segunda-feira 19 como secretário de Relações Internacionais da (SP). Ele vai substituir Marta Suplicy, que deixou a gestão de Ricardo Nunes para disputar o comando da capital como vice na chapa com o deputado federal Guilherme Boulos (Psol).
Durante seu discurso como o mais novo secretário paulistano, em uma indireta ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva, Rebelo afirmou que a vocação do Brasil em conflitos como o de Israel e o Hamas é “sempre ser parte da solução, e não ser parte do problema”.
O comentário surge em meio a uma , quando o presidente brasileiro comparou os ataques de Israel na Faixa de Gaza ao Holocausto. Com a declaração, .
O evento contou com a participação de diversas autoridades, como:
- Michel Temer, ex-presidente da República;
- Rodrigo Garcia, ex-governador de São Paulo;
- Helder Barbalho, governador do Pará;
- Paulo Dantas, governador de Alagoas;
- Baleia Rossi, deputado federal por SP e presidente nacional do MDB;
- Ciro Nogueira, senador pelo PP do Piauí; e
- Gilberto Kassab, secretário de Governo do Estado de São Paulo.
Alguns aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) também compareceram ao evento. Conforme o jornal O Globo, a escolha de Nunes por Rebelo contou com o endosso de Bolsonaro. Entre os aliados, estavam:
- Fabio Wajngarten, ex-secretário de Comunicação e atual advogado de Bolsonaro;
- O deputado federal Paulo Bilynskyj (PL-SP); e
- A secretária da Mulher no Estado de São Paulo, Sonaira Fernandes.
Além de dar posse a Aldo e a Renato Nalini, que assumiu a Secretaria de Mudanças Climáticas, o prefeito Ricardo Nunes se pronunciou. De acordo com o chefe do Executivo paulistano, os dois novos secretários reforçam que ele não está preocupado com a direita nem com a esquerda. “Hoje a escolha do Renato e do Aldo mostra que a gente não está preocupado com essas questões ideológicas.”
Conforme O Globo, o prefeito de São Paulo se esquivou de perguntas sobre a investigação da Polícia Federal contra Bolsonaro. Ele não respondeu se acredita na inocência do ex-presidente. Nunes apenas disse que não é advogado do aliado e que acha “ruim” prejulgar as pessoas.
“O artigo 5° é muito claro com relação à presunção de inocência e ao direito de todos fazerem suas defesas”, disse Nunes. “As coisas estão caminhando. Acredito muito nas instituições”. O prefeito acrescentou que nem sequer Bolsonaro foi indiciado. “Não compete a mim fazer essa avaliação [de Bolsonaro ser culpado ou não].”
Rebelo declarou que nunca viu um golpe de Estado preparado numa reunião ministerial e gravado.
“Quem quer dar um golpe de Estado classicamente procura fazer isso de forma reservada, secreta”, explicou o novo secretário da cidade de São Paulo. “É uma conspiração. Você vai dar um golpe de Estado e convoca uma reunião ministerial para preparar. Por favor, né?”
Fonte: revistaoeste