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Política

Dallagnol expõe críticas ao STF e a Moraes: veja as ‘arbitrariedades’ mencionadas

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O ex-procurador da República Deltan Dallagnol afirmou que não há entre as ações supostamente ilegais da Operação Lava Jato em Curitiba, da qual foi coordenador, e as recentes decisões do (STF) e do ministro Alexandre de Moraes.

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“Realmente, pessoal, não tem comparação com o que a Lava Jato fez, até porque a Lava Jato tramitava na primeira instância e todo mundo tinha pleno direito de recorrer e ter seus casos revisados por diversos juízes de instâncias superiores, que em sua maioria confirmaram o nosso trabalho”, escreveu o ex-procurador em uma publicação no Twitter/X. “[Agora, os investigados] não têm para onde correr e nem para onde recorrer no STF.”

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Além dessa diferença, Dallagnol fez uma “lista de coisas que Moraes, STF e Polícia Federal do Xandão já fizeram que a Lava Jato nunca nem sonhou em fazer”:

  • Impediram acesso de advogado aos autos;
  • Impediram contato do advogado com o cliente;
  • Colocaram sigilo provas (imagens do aeroporto) e não deram acesso nem às defesas para fazerem perícia;
  • Multaram parte por recorrer, o que é um direito constitucional, intrínseco ao direito de defesa;
  • Impediram de conversarem entre si;
  • Prenderam mais de 30 pessoas preventivamente sem denúncia por mais de um ano;
  • Abriram inquéritos temáticos, sem fatos e objetos determinados, investigando temas e pessoas (fake news, atos antidemocráticos, etc);
  • Sustentaram inquéritos indefinidamente por anos contra pedidos de arquivamento expressos da PGR (fake news, atos antidemocráticos, etc);
  • Julgam pessoas sem foro privilegiado, violando regras de competência, quando a competência da Lava Jato foi definida pelo próprio STF;
  • Julgam casos em que eles mesmos são vítimas (, 8 de janeiro).

O procurador, que se elegeu como federal pelo Paraná em 2022 e teve o mandato cassado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), prosseguiu, criticando a quebra de sigilo da conversa entre Roberto Mantovani, acusado por Moraes de agressão no Aeroporto Internacional de Roma, e seu advogado Ralph Tórtima.

“E a cereja do bolo: a Lava Jato nunca, mas nunca mesmo, expôs a integralidade de conversas entre advogado e cliente em um documento oficial de , usando a conversa protegida por sigilo legal para fundamentar um relatório”, escreveu Dallagnol. “Essa foi uma novidade exclusiva da PF do Xandão nesse caso do aeroporto, com direito ao vazamento integral e quebra de sigilo das conversas entre o investigado e advogado”.

Fonte: revistaoeste

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