O senador Renan Calheiros (MDB-AL) criticou, na segunda-feira 12, a presença do presidente da, Arthur Lira (PP-AL), e do prefeito de Maceió, João Henrique Caldas (PL), no desfile da escola de samba Beija-Flor. Calheiros e Lira são adversários políticos.
Nas redes sociais, Calheiros publicou uma foto de Lira e Caldas com a seguinte legenda: “As vítimas da Braskem estão abandonadas, mas os foliões que coreografam acordos ilegais deliram na avenida inebriados pelo dinheiro público”.
Calheiros citou ainda o repasse de R$ 8 milhões da Prefeitura de Maceió à escola de samba. Os recursos foram captados por meio de leis de incentivo e emendas parlamentares. Na visão de Calheiros, a prefeitura “torrou” o montante no Rio de Janeiro.
O acordo entre a Prefeitura de Maceió e a Beija-Flor foi firmado em maio de 2023, antes do agravamento da crise ambiental na cidade no ano passado.
Lira e Caldas atravessaram a Marquês de Sapucaí ao lado de Anísio Abraão David, bicheiro e presidente da escola de samba Beija-Flor. Neste ano, a escola homenageou a cidade de Maceió, capital de Alagoas, Estado de origem do chefe da Câmara.
A mina 18 da empresa Braskem na capital alagoana colapsou no ano passado, provocando afundamento no solo e afetando 148,4 mil pessoas. Em dezembro, o governo federal reconheceu estado de emergência em Maceió pelos danos causados.
De acordo com o governador do Estado, Paulo Dantas (MDB), a exploração do minério sal-gema pela Braskem em Maceió provocou o afundamento do solo em cinco bairros da capital, sendo descrita como “a maior tragédia socioambiental em área urbana do Brasil”.
Fonte: revistaoeste