Nesta terça-feira, 6, a Câmara Municipal de São Paulo deve analisar a instalação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) contra o padre Júlio Lancellotti. Caso aprovada, o colegiado vai investigar as atividades do pároco e entidades que atuam na cracolândia, na região central da capital paulista.
A Arquidiocese de São Paulo continua a investigar Lancellotti. Em nota divulgada na segunda-feira 5, a entidade disse que continua “em busca da verdade” a respeito de denúncia recente contra o padre.
O caso ganhou impulso quando foi revelado que o padre teria assediado sexualmente um ex-coroinha, em 1987. , em 30 de janeiro. A denúncia foi feita pelo jornalista Cristiano Gomes, que tinha 11 anos na ocasião.
No início de janeiro, também divulgadas por , imagens mostravam quando Lancellotti trocava mensagens pelo celular com um suposto jovem e se .
De acordo com o padre, as acusações são “completamente falsas”. Em nota, o religioso disse que “as acusações estão imbricadas em uma rede de desinformação, que mascara eventuais interesses de setores do poder político e econômico”.
Conforme o padre, ele tem “plena fé que as apurações conduzidas pela Arquidiocese esclarecerão a verdade dos fatos”.
Ao portal UOL, alguns vereadores paulistanos disseram não acreditar no avanço da comissão. No entanto, a nota da Arquidiocese pode mudar a situação em relação ao andamento da CPI.
De acordo com o presidente da Câmara Municipal de São Paulo, (União Brasil), ao jornal Folha de S.Paulo, “a atitude correta, transparente e idônea da Arquidiocese pressiona a Câmara a continuar o seu trabalho”.
A reunião define temas a serem tratados pela Câmara Municipal durante a semana. O encontro dos líderes de cada partido não tem uma lista predefinida de assuntos a serem abordados. Então, não é certo qual assunto da CPI será analisado no encontro.
O grupo de líderes toma decisões por consenso. Ou seja, a expectativa é que os vereadores conversem sobre a possibilidade de instalar ou não a CPI e cheguem a uma conclusão, sem votações.
Caso o colegiado decida implantar comissão, ainda vai ser necessário o aval do plenário. Para que a CPI saia do papel, 28 dos 55 vereadores precisam votar a favor de sua instalação.
Fonte: revistaoeste