A sueca Greta Thunberg, de 21 anos, foi absolvida nesta sexta-feira, 2, por um tribunal do Reino Unido da acusação de desordem pública em Londres. A ativista de questões do clima foi presa no dia 17 de outubro durante uma manifestação em frente a um hotel cinco-estrelas onde ocorria uma conferência de executivos do setor de petróleo e gás na cidade.
Os manifestantes teriam desobedecido à ordem da para deslocar o protesto para uma área designada, próxima à conferência.
Depois de dois dias de julgamento, o juiz distrital John Law, do Tribunal de Magistrados de Westminster, afirmou que as condições impostas aos manifestantes eram “tão pouco claras que são ilegais”.
O magistrado enfatizou que “não houve evidências de impedimento de veículos, interferência nos serviços de emergência ou qualquer risco à vida”.
Saiba mais detalhes do tribunal que absolveu Greta
Ao depor, Greta disse que era preciso identificar o “verdadeiro inimigo” do meio ambiente.
Segundo a acusação, os policiais interagiram com o grupo para melhorar o acesso do público ao hotel, mas os manifestantes teriam tornado essa solicitação “impossível”.
Também foram apresentadas ao tribunal imagens em que o policial David Lawrence pede a Greta que mudasse de lugar, e ela responde: “Eu vou ficar”.
Testemunhas presentes no julgamento relataram à imprensa estrangeira que, durante a exibição dessas imagens ao juiz, Greta teria ficado rindo.
Relembre a prisão de Greta em Londres
De acordo com testemunhas, os manifestantes começaram a se reunir perto do Hotel Intercontinental, no bairro de Mayfair, em Londres, por vota das 7h30 pelo horário local (4h30 pelo horário de Brasília), no dia 17 de outubro.
Greta foi presa com outras 26 pessoas, com idades entre 19 e 59 anos, todas estão enfrentando as mesmas acusações.
Horas depois da prisão, Greta foi libertada sob fiança e, no dia seguinte, participou de outro protesto em frente ao mesmo hotel.
No julgamento desta sexta-feira, além de Greta, outros quatro ativistas também foram réus: dois deles ligados ao grupo Fossil Free London (FFL) e dois do Greenpeace.
Assim como ativista “celebridade”, todos declararam inocência por violar a Seção 14 da Lei de Ordem Pública de 1986 e foram absolvidos.
Fonte: revistaoeste