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‘Filho de ex-governador alega estar sem recursos para pagar pensão à mãe da vítima de feminicídio: entenda o caso’

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Conteúdo/ODOC – O empresário Carlos Alberto Gomes Bezerra recorreu da decisão que o obrigou a pagar uma pensão alimentícia de R$ 4,4 mil para Denise Jorge Machado, mãe de Thays Machado, que foi assassinada por ele, em Cuiabá. Carlos Alberto, que é filho do ex-deputado federal Carlos Bezerra (MDB), também matou o namorado dela, William César Moreno.

O crime ocorreu no dia 18 de janeiro do ano passado, em frente ao Edifício Solar Monet, no Bairro Consil. O empresário cumpre prisão domiciliar. O pagamento da pensão foi estabelecido pelo juiz Luiz Octávio Saboia Ribeiro,  da 3ª Vara Cível de Cuiabá.

No recurso, a defesa de Bezerra contestou a alegação de Denise, de que dependia financeiramente da filha, já que recebe apenas uma aposentadoria de R$ 1,1 mil.

Para a defesa, no entanto, era a mãe quem ajudava financeiramente a filha. “Tanto que no dia dos fatos mencionados na inicial, a filha da agravada estava com carro daquela, posto que sequer possuía carro”, diz trecho do recurso.

“Além do mais, a mãe, ora agravada, pagava a lavadeira e passadeira que era empregada da própria mãe, mas trabalhava para a filha também, além de pagar muitas vezes supermercado comprando as coisas para a neta filha da vítima”, diz outro trecho.

A defesa do empresário ainda citou que a mãe da vítima possui dois apartamentos no Edifício Solar Monet, sendo que um ela aluga por R$ 4 mil reais.

Afirmou também que a mesma possui uma empresa comercial onde vende roupas em seu próprio apartamento. “A agravada possui outras rendas além da aposentadoria. Portanto, Excelências, não é verdade que a recorrida vivia com ajuda da filha. Ora, não sendo dependente da filha falecida, não há por que o agravante lhe pagar pensão”, diz mais um trecho do recurso.

Por fim, a defesa sustentou que como está em prisão domiciliar, o empresário não tem como trabalhar e pagar a pensão estipulada pela Justiça.

“A duas, porque o recorrente está preso. Esteve na Penitenciária de Mata Grande, em Rondonópolis, por dez meses, e agora encontra-se em prisão domiciliar, monitorado por tornozeleira, em razão da grave situação de saúde que apresenta. O recorrente não pode trabalhar, não pode sair de casa para nada. Logo, não tem a menor condição de pagar alimentos”, concluiu o recurso.

Fonte: odocumento

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