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Política

Lula refuta acusações de perseguição a Bolsonaro: ‘Uma grande bobagem’

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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva negou, nesta terça-feira, 30, que haja qualquer tipo de perseguição contra o . A declaração ocorreu um dia depois de a Polícia Federal (PF) deflagrar busca e apreensão contra o vereador do Rio de Janeiro Carlos Bolsonaro (Republicanos), filho do ex-mandatário.

“Eu posso falar que ele falou uma grande asneira”, respondeu o petista à rádio CBN de Recife ao ser interpelado sobre declarações do ex-presidente, que disse ser “perseguido” pela atual gestão. “O governo brasileiro não manda na Polícia Federal. Muito menos o governo brasileiro manda na Justiça.”

A PF apura o suposto uso da Agência Brasileira de Inteligência (Abin)

Carlos Bolsonaro, conforme a PF, faria parte do “núcleo político” que atuava na “Abin paralela”. Na quinta-feira, o deputado federal Alexandre Ramagem (PL-RJ) — delegado da PF e ex-diretor-geral da Abin entre 2019 e 2022 — foi alvo de busca e apreensão em seu gabinete na Câmara dos Deputados e no apartamento funcional na mesma investigação.

Entre 2019 e 2022, um programa secreto chamado First Mile teria sido usado para monitorar a localização de políticos, jornalistas, advogados e adversários de Bolsonaro. Os dados estariam armazenados fora do Brasil. Conforme o diretor-geral da PF, Andrei Passos, a espionagem atingiu 30 mil brasileiros.

Na mesma entrevista, Lula disse

“A gente nunca está seguro”, disse o petista. “O companheiro que eu indiquei para ser o diretor-geral da Abin [Luiz Fernando Corrêa] foi meu diretor-geral da Polícia Federal entre 2007 e 2010. É uma pessoa que eu tenho muita confiança, e por isso chamei, já que eu não conhecia ninguém da Abin.”

A PF afirma que membros da cúpula do órgão de inteligência, nomeados por Lula, estariam tentando dificultar a apuração da PF. Segundo a polícia, há suspeita de “conluio” entre membros da atual gestão e servidores investigados.

Sem citar nomes, o petista comentou sobre uma possível exoneração do diretor-adjunto da Abin, Alessandro Moretti, número 2 na agência e, supostamente, vinculado a Ramagem.

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“Tem um cidadão que é o que está sendo acusado, que é o que mantinha relação com o Ramagem, inclusive relação que permaneceu já durante o trabalho dele na Abin”, disse Lula. “Se isso for verdade, não há clima para esse cidadão continuar na polícia.”

Apesar disso, o presidente destacou que a decisão deve ser tomada depois de uma investigação sobre o tema. “Antes de você fazer simplesmente a condenação a priori, é importante que a gente investigue corretamente, apure, garanta o direito de defesa”, continuou.

Fonte: revistaoeste

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