A presidente do PT, deputada federal Gleisi Hoffmann (PR), criticou, nesta terça-feira, 30, a ONG “Transparência Brasil”, que divulgou um O documento divulgado hoje mostra que o país caiu dez posições no ranking global, ficando em 104° lugar entre os 180 países listados.
“[A] ONG Transparência Internacional tem longa trajetória de desinformação sobre os governos do PT, mas, no relatório anual divulgado ontem, passaram dos limites”, escreveu a petista
ONG Transparência Internacional tem longa trajetória de desinformação sobre os governos do PT, mas no relatório anual divulgado ontem passaram dos limites. Acusar de retrocesso a indicação dos ministros Cristiano Zanin e Flavio Dino ao STF, além da escolha de Paulo Gonet para a…
— Gleisi Hoffmann (@gleisi) January 30, 2024
Em análise publicada no site Transparência Internacional, a ONG diz que o ex-presidente Jair Bolsonaro e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva “avançaram em processos que visam a aumentar a legitimidade e independência do Poder Judiciário através da nomeação de pessoas de confiança”.
A organização classificou como “preocupante” e “polêmica” a nomeação do ex-advogado de Lula, Cristiano Zanin, como ministro do Supremo Tribunal Federal (STF).
“Acusar de retrocesso a indicação dos ministros Cristiano Zanin e Flavio Dino ao STF, além da escolha de Paulo Gonet para a PGR, revela apenas a má vontade e a oposição política da ONG a Lula e ao PT”, continuou Gleisi.
A petista pediu explicações à ONG sobre quem os “financia” e sobre os “negócios” com que eles teriam se envolvido com o senador Sergio Moro (União Brasil-PR), ex-juiz da Operação Lava Jato, e o ex-deputado federal Deltan Dallagnol, ex-procurador da mesma operação.
“Poucos saíram tão desmoralizados das investigações sobre os crimes da Lava Jato quanto a tal Transparência Internacional, que de transparente só tem o nome”, destacou Gleisi.
Novamente citando Bolsonaro, o relatório menciona as emendas de relator, dotações orçamentárias chamadas de “Orçamento secreto” pela imprensa e criticadas por Lula, mas que continuaram a ser usadas no governo petista.
“A decisão do STF que decretou a inconstitucionalidade da distribuição secreta, desigual e discricionária do Orçamento público por meio do mecanismo do ‘Orçamento secreto’ não impediu o Congresso e o governo Lula de encontrarem rapidamente um arranjo que preservasse o mecanismo espúrio de barganha, que manteve vivos velhos vícios aperfeiçoados durante a gestão Bolsonaro”, diz o relatório.
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Além do “desmonte” promovido por Bolsonaro e das falhas do atual governo, o relatório atribui parte da responsabilidade ao Poder Judiciário: “Internamente, o Judiciário também precisa superar desafios, como conflitos de interesse até em suas mais altas esferas e a falta de mecanismos contra a influência do lobby advocatício que trabalha pela anulação de multas de acordos de leniência de empresas notoriamente condenadas por suas práticas de corrupção.”
Fonte: revistaoeste