O helicóptero Ingenuity, da Nasa, encerrou sua missão em Marte depois de 72 voos. Ele era utilizado em uma missão que procurava evidências de que já houve vida no planeta.
Ao menos um rotor quebrou em seu voo mais recente, segundo anúncio da norte-americana na última quinta-feira, 25. O pequeno helicóptero continua em contato com seu companheiro, o rover Perseverance, que está explorando o leito de um rio seco procurando sinais de vida.
O Ingenuity agora será deixado para trás. “O pequeno helicóptero fez seu último voo em Marte”, disse Bill Nelson, o administrador da . Ele chegou ao planeta na parte inferior do Perseverance em fevereiro de 2021.
Ingenuity foi atualizado para escolher seus locais de pouso
O pequeno helicóptero foi uma adição tardia à missão, o que rendeu lições importantes para os futuros projetistas de operações espaciais em seus voos pela atmosfera de Marte, segundo o jornal norte-americano The New York Times.
“Eles podem contar com o que conquistamos”, disse Theodore Tzanetos, gerente do projeto Ingenuity. “Podem apontar para o fato de que um processador de um celular de 2015 pode sobreviver ao ambiente de radiação em Marte por dois anos e meio.”
Tznetos acrescentou que células de bateria de íon de lítio comerciais, prontas para uso, podem sobreviver por dois anos e meio no planeta vermelho. “Essas são vitórias enormes para os engenheiros da Nasa.”
O Ingenuity se tornou o primeiro helicóptero a decolar em outro planeta em 19 de abril de 2021. As hélices giravam 2,4 mil vezes por minuto para gerar sustentação suficiente em uma atmosfera que é um centésimo da densidade da Terra.
Na época do lançamento, o plano era demonstrar a nova tecnologia. O objetivo era fazer cinco voos em 30 dias. O Perseverance não deixaria o Ingenuity para trás e iria estudar rochas sedimentares antigas ao longo da borda da cratera Jezero, que abrigava um lago de água há vários bilhões de anos, segundo os cientistas.
Depois de funcionar muito bem durante os cinco dias, os gerentes da missão decidiram designar o Ingenuity para sobrevoar o terreno à frente do rover. Ele sobreviveu a tempestades de poeira e ao frio inverno marciano mesmo sem ter sido projetado para isso. O software do chegou a ser atualizado para que ele escolhesse seus próprios locais de pouso.
Fonte: revistaoeste