O líder da oposição no Senado, Rogério Marinho (PL-RN), criticou, nesta quinta-feira, 25, a operação da contra o deputado Alexandre Ramagem (PL-RJ).
Marinho lembrou que as supostas irregularidades cometidas pelo parlamentar ocorreram quando ele ocupava o cargo de diretor-geral da Abin e não possuía mandato.
“Então, há uma clara ultrapassagem do limite constitucional, que foi definido pelo próprio Supremo Tribunal Federal (STF), do que é juiz natural, nesse caso”, observou Marinho. “Estamos preocupados porque se estabeleceu um padrão.”
A operação de hoje envolvendo o deputado @delegadoramagem estabelece um padrão de excepcionalidades contra a oposição no Brasil. E reforça a urgência de o Congresso agir para proteger as prerrogativas do Parlamento e reafirmar o nosso compromisso com o reequilíbrio entre os… pic.twitter.com/HmCLEctHpD
— Rogério Marinho???????? (@rogeriosmarinho) January 25, 2024
Marinho lembrou ainda que Ramagem é pré-candidato à prefeitura do Rio de Janeiro, assim como o deputado Carlos Jordy (PL-RJ) quer o comando de Niterói. Na semana passada, Jordy também foi alvo da PF.
Conforme investigação da PF, durante o governo Bolsonaro, houve um “esquema clandestino” de espionagem na Abin, do qual Ramagem participou. O congressista vai prestar depoimento.
A PF cumpriu 21 mandados de busca e apreensão autorizados por Moraes: 18 em Brasília (DF), um em Juiz de Fora (MG), um em São João del Rei (MG) e um no Rio de Janeiro.
O gabinete e o imóvel funcional de Ramagem foram alvos de busca e apreensão.
O presidente do PL, Valdemar Costa Neto, chamou de “perseguição” a operação da PF contra Ramagem.
Neto cobrou ainda uma reação do Parlamento. “Esse negócio de ficar entrando nos gabinetes é uma falta de autoridade do Congresso Nacional”, escreveu, no Twitter/X. “Rodrigo Pacheco deveria reagir e tomar providências.”
Leia também: “A negação da Justiça”, reportagem publicada na Edição 200 da Revista Oeste
Fonte: revistaoeste