Via @olhardiretooficial | A auxiliar administrativa T.M.O., de 37 anos, tem vivido com medo constante desde que denunciou as agressões sofridas pelo ex-marido, o advogado T.C.S., 38. Em entrevista à reportagem do Olhar Direto, ela disse que tem recebido ameaças de morte e teme pela sua vida e a do seu filho. “Acredito que meu caso seja uma tragédia anunciada”, desabafou.
A primeira vez que T. denunciou publicamente as agressões do ex-marido foi em outubro do ano passado. Desde então, ela afirma que o homem já quebrou duas medidas protetivas e teve pedidos de prisão negados por um delegado.
No último dia 14 de janeiro, T.M.O. estava em um restaurante na capital quando encontrou seu ex-esposo. A mulher acionou a polícia, mas T.C.S. se negou a sair do estabelecimento. Ao chegarem à delegacia, T.C.S. começou a dar carteirada que não iria preso porque era advogado, mas foi detido mesmo assim.
Não pelo descumprimento da medida protetiva, mas injúria por ter xingado a sua ex-mulher.
A ex-mulher de T.C.S. disse que está com medo e que não sabe o que esperar do ex-marido.
Não está sendo fácil, está sendo muito difícil, está sendo uma tortura”, disse. “Eu vivo constantemente com muito medo. Eu só estava indo para o trabalho e aí quando eu tenho um momento de lazer eu encontro ele na rua. Então para mim tá sendo muito difícil mesmo. Hoje eu tô presa mesmo, dentro de casa e vou me trancar um pouco mais do que eu já estava. Eu e meus filhos não estamos tendo lazer por conta da soltura dele”.
Segundo a auxiliar administrativa, a medida proativa que ela tem contra o advogado também se estende aos familiares dele. “Eu já estava recebendo ameaças de morte. Então agora imagino que a qualquer momento ele possa fazer algo contra mim e contra meu filho”.
T.M.O afirmou à reportagem que amigos e colegas do ex-marido têm enviado mensagens via redes sociais a ela, aconselhando-a a tomar cuidado e até mesmo a sair de Cuiabá.
“É algo que está sendo avisado. Se algo acontecer comigo e com meus filhos, não há desculpas. As autoridades tiveram tempo para evitar. Acredito que meu caso seja uma tragédia anunciada”, disse.
“Está sendo muito difícil pra mim. Eu não estou indo trabalhar, pedi férias no meu serviço, nem sei se eu volto, mas não sei o que que eu faço, se eu saio de Cuiabá, se eu não saio, eu não sei o que fazer, na verdade”.
Rodrigo Costa
Fonte: @olhardiretooficial