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Política

Entrevista exclusiva: Confira o que o padre Júlio Lancellotti tem a dizer sobre a atualidade!

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O padre Júlio Lancellotti, de 75 anos, coordenador da Pastoral do Povo da Rua, da Arquidiocese de São Paulo, .

A ideia é envolvê-lo em uma apuração sobre o trabalho de organizações não governamentais (ONGs) que atuam na região da cracolândia, em parceria com a Prefeitura de São Paulo.

O padre alega que não faz parte das entidades citadas pelo autor do requerimento, o vereador Rubinho Nunes (União Brasil). Seu trabalho na pastoral, segundo o religioso, .

Depois da repercussão da possível abertura da CPI das ONGs, Júlio Lancellotti respondeu a perguntas do jornal O Estado de S. Paulo

Como foi receber a notícia de que poderia ser alvo de uma CPI?

É uma coisa um tanto desconjuntada. Ser alvo de uma CPI sobre a atuação na cracolândia é um pouco sem nexo.

O senhor entende que está sendo vítima de perseguição política?

Olha, é difícil definir qual a motivação, mas tudo é possível neste momento que a gente vive.

Por conta [sic] do ano eleitoral?

Sim.

Ficou surpreso com a repercussão e do apoio recebido?

Teve muito apoio realmente, e acho que isso é importante porque não é uma coisa pessoal. É para a pastoral, para a Arquidiocese e para a população de rua.

Acha que sai com a imagem e com o trabalho fortalecidos de alguma forma?

Não é que fortaleça, mas dá força para a gente continuar na luta

De que forma os vereadores podem ajudar a solucionar o problema da cracolândia?

Eles têm de discutir políticas públicas, métodos e elaborar uma política de Estado, e não de governo.

Faz sentido investigar as ONGs?

Eles podem investigar. Acho que isso não é um problema. Eles podem investigar as ONGs para saber qual o programa de cada uma, o que elas estão fazendo com os recursos que têm, se os recursos são suficientes. Hoje, grande parte dos trabalhos da Prefeitura de São Paulo na saúde e na assistência social são feitos com parcerias.

Faltam recursos hoje para atender a população de rua?

Às vezes, falta. Há pessoas que querem ser libertadas e que não conseguem.

O autor do pedido de CPI, Rubinho Nunes, usa o termo máfia da miséria” para se referir ao trabalho das ONGs

Precisa clarear o que isso quer dizer. São figuras de linguagem, dentro da liberdade de expressão de cada um, e não sei a que ele está se referindo.

Seria uma crítica à política de redução de danos, que não retiraria as pessoas da dependência química

A política de redução de danos é uma política da Organização Mundial da Saúde (OMS), exercida em vários países. Agora, ela tem limitações. Nenhuma técnica é infalível. Algumas pessoas respondem, outras não. Depende da situação de cada um.

Como o senhor pretende se posicionar daqui para a frente?

Vou continuar fazendo o meu trabalho pastoral. Não sou de nenhum partido político. E não sou cabo eleitoral de ninguém.

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Saiba quais vereadores assinaram a CPI das ONGs, que mira o padre Júlio Lancellotti

Além de Rubinho Nunes, parlamentares de nove partidos assinaram o requerimento no dia 6 de dezembro.

O documento mostra, entre outras assinaturas, a do líder do governo, o vereador Fábio Riva (PSDB), responsável pela articulação do prefeito Ricardo Nunes (MDB) na Câmara. Ao todo, seis vereadores tucanos, de um total de oito, concordaram em apoiar o pedido. O PSDB é o maior fiador da empreitada, seguido pelo União Brasil e pelo PL, com três cada; e pelo Republicanos, com dois entusiastas. Podemos, MDB, Solidariedade, PSD e Progressistas também cederam assinaturas.

Veja a lista dos signatários da CPI das ONGs

  • Adilson Amadeu (União Brasil)
  • Beto do Social (PSDB)
  • Fábio Riva (PSDB)
  • Fernando Holiday (PL)
  • Gilson Barreto (PSDB)
  • Isac Félix (PL)
  • João Jorge (PSDB)
  • Jorge Wilson Filho (Republicanos)
  • Major Palumbo (Progressistas)
  • Milton Ferreira (Podemos)
  • Nunes Peixeiro (MDB)
  • Rodrigo Goulart (PSD)
  • Rubinho Nunes (União Brasil), autor da proposta
  • Rute Costa (PSDB)
  • Sansão Pereira (Republicanos)

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Revista Oeste, com informações da Agência Estado

Fonte: revistaoeste

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