A reitora da Universidade de Harvard, Claudine Gay, renunciou ao cargo nesta terça-feira, 2, após ser acusada de não contrastar o antissemitismo no campus e de plagiar trabalhos de outros pesquisadores.
Gay, professora de governo e de estudos africanos e afro-americanos, tornou-se reitora em julho de 2023, depois de trabalhar como diretora da Faculdade de Artes e Ciências de Harvard durante cerca de cinco anos.
No início de dezembro, durante uma audição da comissão da Câmara dos Representantes dos Estados Unidos sobre o ataque do grupo terrorista Hamas contra Israel em 7 de outubro, Gray se negou a condenar a incitação do extermínio de judeus.
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Respondendo a uma pergunta direta da deputada Elise Stefanik, de Nova York, se “apelar ao genocídio dos judeus” seria contra os códigos de conduta da Universidade da Harvard, Gray respondeu que “dependia do contexto”, deixando entender que nenhuma punição seria imposta àqueles que fizessem declarações antissemitas.
Reitora de Harvard acusada de antissemitismo e de plágio
Além das acusações de antissemitismo, Gray também foi acusada de plagiar outros acadêmicos em vários artigos publicados e em sua dissertação de doutorado.
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Mesmo assim, em meados de dezembro, o Conselho de Harvard decidiu manter a reitora em seu cargo, alegando direito a liberdade de expressão e que as análises de seu trabalho revelaram alguns casos de “citação inadequada”, mas que as omissões não atendiam aos padrões de má conduta de pesquisa.
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A renúncia da reitora de Harvard ocorre depois que Liz Magill anunciou que deixaria o cargo de reitora na Universidade da Pensilvânia, também em meio a acusações de que ela não estava fazendo o suficiente para combater ataques verbais e físicos contra judeus no campus.
Fonte: revistaoeste