Em entrevista ao jornal britânico Financial Times, publicada nesta terça-feira, 26, a ministra do Meio ambiente, Marina Silva, disse que o Brasil deveria considerar a “imposição de um limite de sua produção de petróleo”. A ministra afirmou que, caso não haja a limitação da commodity, o país será incapaz de alcançar seus objetivos de triplicar a energia renovável.
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Contudo, a posição da ministra contraria outros setores do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Marina disse que, dentro do governo, encontra uma oposição liderada pelo ministro de , Alexandre Silveira, e pela Petrobras, que é presidida pelo petista Jean Paul Prates.
Os planos do próprio governo federal seriam de transformar o país em um dos maiores produtores de petróleo até 2029. O MME havia estabelecido uma meta de aumentar a produção de 3 milhões de barris por dia (2022) para 5,4 milhões.
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Caso Silveira conseguisse tal aumento de produção de barris diários, o Brasil se tornaria, segundo FT, o quarto maior produtor mundial de petróleo.
“É um debate que não é fácil”, disse Marina. “Mas que os países produtores de petróleo terão de enfrentar.”
Jornal britânico cita “ceticismo” gerado com discurso ambiental brasileiro
Segundo o jornal britânico, há uma insistência brasileira com os combustíveis fósseis que gerou um “ceticismo” na comunidade internacional. Isso ocorre especialmente depois do apelo do presidente Lula para que países ricos bancassem a maior parte do combate dos países às mudanças climáticas.
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Marina acrescentou que é preciso manter o foco na transição para uma economia verde. “A segurança energética é necessária, mas também devemos pensar na transição”, afirmou a ministra. “Ambas as coisas devem acontecer.”