O colapso da mina 18 da Braskem em pode acelerar os planos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva para interferir mais na Braskem.
A Novonor (antiga Odebrecht) detém 50,1% do capital votante da Braskem e a Petrobras, 47%. Embora uma sócia importante, a Petrobras não consegue interferir tanto quanto gostaria na gestão.
A fatia da Odebrecht na Braskem está à venda desde 2019, e quase foi entregue à LyondellBasell. Mas o passivo que o comprador teria que assumir com o afundamento do solo em Maceió, que já desalojou mais de 40 mil pessoas, fez o negócio desandar.
Árabes querem comprar parte da Odebrecht na Braskem, mas pedem mais dinheiro da Petrobras, o que poderia aumentar as interferências de Lula
Há outra proposta da estatal de petróleo de Abu Dhabi, a Adnoc, pela parte da da empresa. Os árabes ofereceram R$ 10,5 bilhões no negócio. O dinheiro iria direto para os bancos para pagar dívidas da Braskem.
Os árabes estão dispostos a assumir custos extras da tragédia, e chegam ao Brasil em janeiro para uma auditoria na Braskem. Mas eles têm uma exigência: se a crise em Maceió piorar, a Petrobras terá de fazer aportes maiores na Braskem.
Lula já admitiu essa possibilidade. O presidente mencionou uma possível conversa com os parlamentares para viabilizar a injeção de dinheiro e concretizar a venda.
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A exigência dos árabes por mais capital agradou à Petrobras e ao governo Lula, que vê no aporte de recursos uma forma de aumentar sua interferência na Braskem, de acordo com o jornal O Globo.
Aumentar o capital para investimentos num arranjo com uma nova sócia que também é estatal daria à Petrobras o poder que ela sempre almejou na nos governos petistas e que sempre foi barrado pelos Odebrecht, que também prezavam por ditar os rumos da petroquímica.
Fonte: revistaoeste