O presidente da Argentina, Javier Milei, anunciou como uma das primeiras medidas o corte em 50% dos ministérios. O decreto, publicado no domingo 10, poucas horas depois da posse, prevê que o número de pastas passará de 18 para nove.
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O corte faz parte das medidas de austeridade para tentar tirar a Argentina da crise financeira sem precedentes. “É necessário adaptar as disposições da Lei de Ministérios e os objetivos estabelecidos com o objetivo de racionalizar e tornar mais eficientes as ações do Estado Nacional”, afirma o governo, no decreto.
Veja a lista de ministérios do governo de Milei:
- Ministério de Interior;
- Ministério de Relações Exteriores;
- Ministério do Capital Humano;
- Ministério da Defesa;
- Ministério da Economia;
- Ministério de Infraestrutura;
- Ministério da Justiça;
- Ministério de Segurança;
- Ministério da Saúde.
Aqui, a lista ministérios extintos pelo decreto de Milei:
- Educação;
- Trabalho;
- Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável;
- Ciência, Tecnologia e Inovação;
- Cultura;
- Mulheres, Gênero e Diversidade;
- Turismo;
- Esporte;
- Desenvolvimento Territorial e Habitacional.
Sobre os ministérios que foram rebaixados a secretarias, o decreto afirma que “as dotações orçamentárias, as unidades organizacionais, os ativos, o pessoal com seus cargos e a equipe em vigor até o momento” devem ser transferidos.
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A Secretaria de Energia, que no projeto original de Milei estava prevista como parte da Infraestrutura, permanecerá dentro do Ministério da Economia.
A crise econômica na Argentina
Milei recebe de Alberto Fernández e da vice-presidente, Cristina Kirchner, uma economia à beira do colapso, com problemas que vão desde a hiperinflação à falta de reservas em dólares. “Nenhum governo recebeu uma herança pior do que a que estamos recebendo”, afirmou o novo presidente da , Javier Milei, durante seu primeiro discurso após ser empossado no Congresso Nacional.
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Segundo o jornal argentino Clarín, Fernández assumiu a Presidência com o preço da carne, produto essencial na nutrição do argentino, em torno de 200 pesos. Agora, o valor está em 4,5 mil pesos.
Atualmente, a inflação na Argentina está em 142% e, conforme projeções de analistas de mercado, deve fechar o ano acima de 160%. Mais de 40% dos argentinos estão abaixo da linha da pobreza e quase 10% passam fome.
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A moeda do país, o peso, está desvalorizada. Num dos câmbios mais utilizados, o dólar blue, US$ 1 vale 1.000 pesos. O Banco Central está com suas reservas de dólares negativas em mais de US$ 12 bilhões, segundo estimativas. E ainda há uma dívida bilionária com o Fundo Monetário Internacional (FMI).
Fonte: revistaoeste